Doença tem acometido crianças e está possivelmente associada com o novo coronavírus. Este ano, já são sete casos na capital federal. A Sec...
Doença tem acometido crianças e está possivelmente associada com o novo coronavírus. Este ano, já são sete casos na capital federal.
A Secretaria de Saúde notificou, de janeiro até maio de 2021, sete casos confirmados – quatro meninos e três meninas – de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). Desse quantitativo, dois casos foram em crianças de 0 a 4 anos, quatro casos em crianças de 5 a 9 anos e um caso em criança de 10 a 14 anos. Não houve registro de óbito.
A doença tem acometido crianças e está possivelmente associada com o novo coronavírus. Ela desenvolve uma resposta inflamatória sistêmica significativa, manifestada após o paciente ter sido diagnosticado com a covid-19 ou ter tido contato próximo com caso confirmado da pandemia.
A médica e responsável pela área técnica das Doenças Exantemáticas da Secretaria de Saúde, Marília Higino, explica que, por se tratar de uma infecção recente, dada a magnitude da infecção pelo Sars-CoV-2, é muito importante o diagnóstico precoce, bem como a notificação oportuna e o monitoramento dos casos.
“A atualização dos casos, com coleta e revisão sistemática dos dados, é importante para caracterizar essa síndrome e subsidiar ações de políticas públicas e controle da doença”, esclarece.
Sintomas
“A atualização dos casos, com coleta e revisão sistemática dos dados, é importante para caracterizar essa síndrome e subsidiar ações de políticas públicas e controle da doença”Marília Higino, médica e responsável pela área técnica das Doenças Exantemáticas da Secretaria de Saúde
A maioria dos casos relatados no Brasil e no mundo de crianças com suspeita da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica apresentou febre persistente por mais de três dias. A febre foi acompanhada de um conjunto de sintomas, que pode incluir manchas vermelhas pelo corpo; pressão baixa; conjuntivite; sinais de inflamação no nariz, mãos ou pés; problemas gastrointestinais agudos (diarreia, vômito ou dor abdominal); comprometimento de múltiplos órgãos; e alteração dos marcadores inflamatórios.
Os exames laboratoriais dos casos estudados indicam infecção atual ou recente pelo novo coronavírus ou ainda vínculo epidemiológico com caso confirmado da doença. Por isso, a síndrome está sendo associada à covid-19, porém essa relação causal ainda não foi estabelecida e permanece em investigação.
Notificação compulsória
Em julho de 2020, o Distrito Federal iniciou a notificação obrigatória dos casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica. As notificações são feitas pelas unidades de saúde públicas e privadas para a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), que monitora os pacientes e confirma os casos. A doença tem acometido crianças e adolescentes e está possivelmente associada ao novo coronavírus. Os primeiros casos registrados no DF foram em abril de 2020.
“A partir dos primeiros casos registrados no Brasil, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde emitiu a todos os hospitais públicos e privados uma Nota Técnica informando sobre a notificação obrigatória de casos suspeitos dessa nova síndrome”, afirma Marília.
Casos em 2020
A Secretaria de Saúde notificou, em 2020, 80 casos suspeitos de SIM-P. Desse total, 67 são residentes no Distrito Federal e 45 pacientes tiveram a confirmação, sendo que um deles evoluiu para óbito.
De acordo com a gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis da Secretaria de Saúde, Renata Brandão, é importante que os profissionais de saúde se atentem aos principais sintomas e notifiquem imediatamente para que a investigação epidemiológica possa ocorrer o mais precoce possível.
“Profissionais que tenham atendido, nos últimos meses, crianças com quadro clínico que se enquadre nessa definição podem, inclusive, notificar esses casos retroativamente no sistema”, frisa.
Com informações da Secretaria de Saúde, site: https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2021/05/14/sindrome-inflamatoria-multissistemica-pediatrica-no-df/
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