Uma ação integrada envolvendo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCESP), deflagrou nesta...
Uma ação integrada envolvendo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCESP), deflagrou nesta quarta-feira (22), a Operação Trapped. A ação visa desarticular uma quadrilha especializada na prática de crimes de furto mediante fraude, na modalidade do golpe do motoboy, e lavagem de dinheiro.
Durante a ação policial foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva, contra dois homens, de 28 e 37 anos, e uma mulher, de 28 anos, apontados como autores diretos dos crimes. A identidade dos suspeitos não foi revelada.
De acordo com a polícia, os criminosos vêm sendo investigados desde julho, quando idoso de 77 anos, morador do Lago Sul, teve prejuízo no valor de R$ 70 mil. Segundo as investigações, a organização criminosa é composta por pessoas do Estado de São Paulo e o foco da atuação é itinerante e interestadual, ou seja, o bando aplicava golpes em diversos estados do país, com o objetivo de dificultar a atuação da Polícia Judiciária.
As vítimas eram submetidas a pressões psicológicas, eram ameaçadas por meio de coação para fornecer aos criminosos informações confidenciais, como senhas e números de cartões.
O delegado Thiago Carvalho, coordenador da operação, informou que o golpe, na maioria das vezes, tem início com uma simples ligação. Os criminosos mantem contato com as vítimas, em sua maioria idosas, se passando por funcionários da central de segurança do banco e pedem a confirmação de uma compra suspeita, que nunca aconteceu, realizada no cartão de crédito.
“A vítima diz não reconhecer o gasto e os fraudadores afirmam que o cartão foi clonado, orientando-a a entrar em contato com a operadora do cartão, para que seja efetuado o bloqueio”, informou o delegado.
As investigações confirmaram que os golpistas permanecem na linha e a vítima, ao discar o 0800 da central de atendimento da operadora de cartão, é atendida pelos próprios bandidos, que continuam segurando a linha.
“A vítima, então, é orientada a fornecer a senha do seu cartão, para fins de bloqueio, e informada que um funcionário do banco irá até sua residência efetuar a coleta do cartão, para fins de perícia. Em prosseguimento, o suposto funcionário vai até a casa da vítima, geralmente um “motoboy”, efetua a coleta do cartão e, a partir daí, com o cartão e senha em mão, começam a ser efetuadas transações financeiras com o uso do cartão da vítima, geralmente, utilizando maquinetas de cartão, cadastradas no CNPJ de empresas de “fachada”, ou no CPF de laranjas ou dos chamados “auxiliares financeiros, dificultando, assim, a identificação dos autores e conferindo aparente legalidade aos valores auferidos com a prática criminosa”, ressaltou Carvalho.
Da redação Estrutural On-line
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