A prevenção à pólio, doença viral infecto contagiosa, começa ainda na infância. Último caso da doença no DF foi notificado em 1987. No Br...
A prevenção à pólio, doença viral infecto contagiosa, começa ainda na infância. Último caso da doença no DF foi notificado em 1987. No Brasil, em 1988. Fotos: Breno Esaki, da Agência Saúde
Vacina contra a doença está disponível na rede pública de saúde do Distrito Federal.
Em meio à campanha de multivacinação e atualização do cartão de vacina, a Secretaria de Saúde celebra, neste domingo (24), o Dia Mundial de Combate à Poliomielite, uma doença viral com possíveis implicações no sistema nervoso central que, entre as principais sequelas, pode produzir a atrofia e paralisia dos membros, principalmente dos inferiores.
Ao longo da história, o Brasil sofreu com vários surtos da doença, como o de 1930, desencadeado na cidade de São Paulo. O maior surto registrado ocorreu em 1953, no Rio de Janeiro, à época, capital federal. Atualmente, a doença foi eliminada do continente americano e se restringe a dois países asiáticos: o Afeganistão e o Paquistão, que são consideradas áreas endêmicas para esta doença. A técnica de Vigilância das Paralisias Flácidas Agudas, Joana Castro, explica que, mesmo livre do vírus, há um trabalho de prevenção a ser feito.
“Com as guerras civis nesses dois países, o número de refugiados aumenta e essas pessoas podem chegar ao Brasil e, consequentemente, ao Distrito Federal. Assim, por ser uma doença viral infecto contagiosa, o risco de reintrodução é sempre iminente”, afirma Joana. O último caso de pólio registrado no Brasil foi em 1988. No DF, o último caso notificado ocorreu em 87.A prevenção à pólio, doença viral infecto contagiosa, começa ainda na infância. Último caso da doença no DF foi notificado em 1987. No Brasil, em 1988. Fotos: Breno Esaki, da Agência Saúde
A doença é causada pelo poliovírus, que pode ser adquirido pela transmissão fecal-oral. O contágio é maior em áreas de vulnerabilidade social e sem saneamento básico, uma vez que o vírus é eliminado pelas fezes e essas podem contaminar vias públicas e objetos. A prevenção à pólio começa ainda na infância, também visando a proteger bebês que aprendem a engatinhar e têm contato intenso com o chão. Recomenda-se que a vacina injetável para poliomielite (VIP) seja administrada aos dois, quatro e seis primeiros meses de vida do recém-nascido.
Após esse período, a criança recebe mais duas doses de reforço da vacina oral para poliomielite (VOP) aos 15 meses de idade e aos quatro anos.
Cobertura vacinal
Assim como os outros agravos imunopreviníveis, o Distrito Federal não atinge a meta de 95% de cobertura vacinal – preconizada pelo Ministério da Saúde – desde o ano de 2016. Joana afirma que, mesmo com a eliminação do vírus do continente, a vacina é essencial para se atingir a completa proteção. “Se a população estiver totalmente vacinada, mesmo havendo regiões endêmicas e pessoas contaminadas chegando ao Brasil, o risco de se contrair a doença é ínfimo, porque a população estará protegida”.
Excepcionalmente nesse momento de pandemia, algumas salas de vacina foram fechadas para a imunização contra a covid-19. A rotina de vacinação das unidades básicas de saúde do Distrito Federal pode ser consultada no site da Secretaria de Saúde.
Da redação com informações da Secretaria de Saúde do DF
http://dlvr.it/SBCxZP
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