A utilização de máscaras de proteção contra o novo coronavírus, seja ela de tecido ou as de material cirúrgico trouxeram um problema à tona,...
A utilização de máscaras de proteção contra o novo coronavírus, seja ela de tecido ou as de material cirúrgico trouxeram um problema à tona, a halitose. Muitas pessoas que não percebiam a existência do mau hálito, sentem o desconforto no dia-a-dia. Nos consultórios odontológicos, as queixas são mais comuns do que se parece, mas afinal, é causado devido ao uso frequente de máscaras? Para esclarecer essas dúvidas, conversamos com o Dr. Rildo Lasmar, especialista em transformar sorriso e com vasta habilidade na odontologia. Atualmente, Rildo é membro da ADA (American Dental Association), SBOE (Sociedade Brasileira de Odontologia Estética), ABOR (Associação Brasileira de Ortodontia), FDI (World Dental Federation), ABOE (Academia Brasileira de Odontologia e Estética), ABO (Associação Brasileira de Odontologia) e ABS (Associação Brasileira de Saúde).
O especialista contou que a máscara de proteção não causa mau hálito, mas que as secreções da boca e nariz, chamadas de muco nasal e saliva (que também é muco), acabam ficando parados nos tecidos das máscaras, já que muitos têm rinite e algum corrimento nasal. “Hora ou outra vamos conversar, respirar, tossir, bocejar e/ou espirrar, literalmente contaminando as máscaras com matéria orgânica (perdigotos de saliva), acompanhada de bactérias que podem liberar um cheiro que talvez não seja agradável conforme a sua percepção olfativa”, destacou.
Para o cirurgião dentista as causas do mau hálito na maioria das vezes estão relacionadas a formação e acúmulo de placa bacteriana, como acontece com língua saburrosa, cáries ou doença periodontal (gengivite ou periodontite). O mau hálito também pode estar associado a patologia do aparelho digestivo ou a alguns hábitos, como tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.
Mau hálito causado por infecções internas:
• Amigdalite crónica
• Refluxo gastroesofágico
• Halitose dos respiradores bucais (por desvio do septo nasal)
• Diabetes mal controlada (hipoglicemia)
• Rinite e/ou sinusite
• Problemas renais ou hepáticos
• Patologia tumoral da boca, faringe e laringe
Para acabar com esse desconforto, há disponível alguns tratamentos considerados eficientes. Desde a consulta periódica ao dentista e um otorrinolaringologista para identificar e tratar possíveis patologias. A escovação adequada dos dentes e língua se faz necessária pelo menos três vezes por dia. Essa atitude higieniza, retirando restos de alimentos, placa bacteriana e promovendo uma boca limpa e com frescor.
Saiba outras dicas importantes indicadas pelo Dr. Rildo Lasmar para tratar a halitose:
• Diminua o consumo de certos alimentos (como alho, cebola, fritos) e refrigerantes;
• Beba bastante água;
• Coma em menos quantidade e várias vezes ao dia.
Nenhum comentário