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Segundo o ministro da Saúde do Reino Unido, Sajid
Javid, a variante, identificada inicialmente na África do Sul, se espalha a um
"ritmo fenomenal" e já responde por cerca de 40% das infecções em
Londres.
Ao menos uma pessoa morreu
no Reino Unido vítima da variante ômicron do coronavírus, afirmou nesta
segunda-feira (13) o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que fez um
alerta contra a crença de que a nova cepa é menos mortal que as anteriores e
fez um apelo a favor da vacinação.
"Infelizmente, sim, a ômicron está gerando
hospitalizações e, infelizmente, pelo menos um paciente teve a morte por
ômicron confirmada", disse ele, durante uma visita a um centro de vacinas
em Paddington, oeste de Londres.
"Acho que a ideia de que esta é de alguma
forma uma versão mais branda do vírus, acho que é algo que precisamos deixar de
lado e apenas reconhecer o ritmo com que ele acelera pela população. Portanto,
a melhor coisa que podemos fazer é obter nossos reforços", disse Johnson.
Segundo o ministro da Saúde do Reino Unido, Sajid
Javid, a variante, identificada inicialmente na África do Sul, se espalha a um
"ritmo fenomenal" e já responde por cerca de 40% das infecções em
Londres.
Ontem, Johnson afirmou que um "maremoto"
de ômicron está prestes a atingir o país. E o governo afirmou que se não forem
adotadas medidas, um milhão de pessoas poderão ser infectadas pela nova
variante até o fim de dezembro.
Somente ontem, 1.239 novos casos da ômicron foram
confirmados no país, elevando o total detectado para 3.137 - 65% a mais que os
1.898 acumulados até o dia anterior. O Reino Unido detectou os primeiros casos
da variante no país em 27 de novembro.
Cientistas afirmam que a ômicron, muito mais
transmissível que outras cepas, é capaz de infectar pessoas que receberam duas
doses de vacina.
Dados preliminares revelados na última sexta-feira
apontaram que a eficácia da vacina contra infecções sintomáticas é
significativamente menor contra a ômicron para quem recebeu duas doses, mas que
uma terceira dose de ambas as vacinas usadas no país -Pfizer e Moderna- pode
aumentar a proteção para mais de 70%.
Segundo o ministro, apesar de os sintomas da cepa
possivelmente serem mais leves, a não ser que o governo aja, o sistema de saúde
poderá ficar sobrecarregado.
DOSES DE REFORÇO
Horas depois de especialistas do governo britânico
elevarem o nível de alerta para a covid-19 para 4 numa escala de 5, Johnson
afirmou num pronunciamento ontem que o programa de aplicação de doses de
reforço deve ser acelerado.
Johnson disse que as pessoas deveriam se apressar
para receber uma dose de reforço para proteger "nossas liberdades e nosso
modo de vida", afirmando que o sistema de saúde teria dificuldades de
lidar com hospitalizações se a variante se espalhasse por uma população somente
duplamente imunizada.
"Todos com mais de 18 anos aptos a serem
vacinados na Inglaterra terão a chance de receber a dose de reforço antes do
Ano Novo", afirmou o premiê, que classificou a disseminação da ômicron de
uma emergência.
A partir desta semana, pessoas com mais de 18 anos
poderão receber a terceira dose na Inglaterra, contanto que ao menos três meses
tenham se passado desde a segunda. Para acelerar a imunização, 42 equipes
militares serão acionadas, e novos locais de vacinação serão abertos.
"Duas doses não são suficientes, mas três
doses ainda oferecem excelente proteção contra infecções sintomáticas",
ressaltou Javid.
Segundo a BBC, a meta anunciada por Johnson não
significa que todos os adultos receberão a dose de reforço até o fim do ano,
mas que terão a oportunidade de ao menos agendar a aplicação.
Em resposta à ômicron, o primeiro-ministro pediu
que as pessoas trabalhem de casa se possível a partir de hoje e determinou a
obrigatoriedade de máscara em grande parte dos locais públicos fechados.
Além disso, deverá ser obrigatório apresentar um
certificado de vacinação ou um teste negativo para covid-19 para entrar em
casas noturnas e grandes eventos a partir de quarta-feira, se a medida for
aprovada pelo Parlamento.
Da redação com informações da UOL-FOLHAPRESS
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