Um dos contratos investigados foi firmado com as organizações Paulo Octávio. O empreendimento alugado pela pasta fica no Setor Bancário Sul....
Um dos contratos investigados foi firmado com as organizações Paulo Octávio. O empreendimento alugado pela pasta fica no Setor Bancário Sul.
O secretário de administração
penitenciária do Distrito Federal, Wenderson
Souza e Teles,
suspendeu o pagamento dos aluguéis referentes a dois imóveis ocupados pela
pasta. A portaria deve ser publicada no Diário Oficial do Distrito Federal
(DODF) nesta quarta-feira (12/1).
Os contratos foram alvo da
Operação Maré Alta, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao
Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios (MPDFT). Os
promotores apuram o suposto direcionamento e superfaturamento nas locações.
Um dos
contratos investigados foi firmado com as organizações Paulo Octávio. O
empreendimento alugado pela pasta fica no Setor Bancário Sul. Com a mudança de
sede, o aluguel – que, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), custava R$
70 mil por mês – saltou para R$ 225 mil, um valor três vezes maior.
Mesmo com a nova estrutura, os
antigos dirigentes da Seape seguiram pagando o aluguel do antigo imóvel, de
propriedade da empresa Infrasolo Engenharia. O caso também é alvo de auditoria
instaurada pela Controladoria-Geral do Distrito Federal.
Aluguéis
Ao determinar a suspensão,
Wenderson Souza e Teles cita as impropriedades documentais verificadas no
processo de locação, a exemplo de laudos específicos de acessibilidade das
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. A decisão também
teve o aval da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF).
Na portaria, é mencionada, ainda, a
nota técnica da Assessoria Jurídico-Legislativa da pasta, que entende pela
plausibilidade, como medida excepcional, da suspensão dos pagamentos referentes
aos contratos de locação dos imóveis, até que sejam finalizadas as apurações
pela comissão.
Há, ainda, um
parecer técnico da Divisão de Arquitetura e Engenharia (DAE) da Polícia Civil
que atestou diferença, de aproximadamente de 221,82 m², na metragem do edifício
alugado na área central de Brasília. A corporação não menciona a distinção
entre área útil e área construída. Um laudo do Corpo de Bombeiros Militar do
Distrito Federal também verificou vulnerabilidades no prédio situado no SIA
Trecho 3.
À coluna o secretário acrescentou
que, agora, o objetivo é fazer estudos para procurar prédios do governo ou
realizar chamamentos públicos para locar um prédio que atenda às necessidades
dos setores administrativos da Seape e do Centro Integrado de Monitoração
Eletrônica (Cime). “O Cime é uma unidade prisional. Portanto, tem uma grande
circulação de monitorados, devendo ser instalada em local de fácil acesso”,
explicou.
Procurada pela reportagem, a
assessoria de comunicação de Paulo Octávio se manifestou por meio de nota: “Em
resposta ao questionamento sobre a suposta suspensão do aluguel do edifício
para a Seape, a empresa informa que desconhece qualquer informação a este
respeito”.
Inspeção
O governador Ibaneis Rocha (MDB-DF) acolheu
o despacho da Comissão Especial de Apuração de Supostas Irregularidades no
Contrato de Aluguel da Sede da Secretaria de Administração Penitenciária
(Seape-DF) e determinou que a Controladoria-Geral do Distrito
Federal (CGDF) instaure imediato procedimento de inspeção para
apurar supostas irregularidades na locação da sede da pasta, no Setor Bancário
Sul. As
sugestões da comissão, acatadas por Ibaneis, foram feitas após a Operação Maré
Alta. Foram alvo da operação os agora ex-secretários da pasta Geraldo Nugoli e
Agnaldo Curado, o deputado Reginaldo Sardinha (Avante) e o ex-vice-governador e
empresário Paulo Octávio
Nenhum comentário