O presidente da Rússia Vladimir Putin e Joe Biden Fotos: EFE/EPA/ALEXEI NIKOLSKY / SPUTNIK / KREMLIN POOL e EFE/EPA/GREG NASH / POOL A ...
O
presidente da Rússia Vladimir Putin e Joe Biden Fotos: EFE/EPA/ALEXEI
NIKOLSKY / SPUTNIK / KREMLIN POOL e EFE/EPA/GREG NASH / POOL
A Otan alertou Moscou para abandonar sua política
externa beligerante e cooperar com o Ocidente.
Os EUA disseram a
Vladimir Putin para escolher entre o diálogo e o confronto, na véspera de uma
semana crítica de encontros diplomáticos sobre a Ucrânia e enquanto as tropas
russas continuavam concentradas ao longo das fronteiras dequele país.
Os Diplomatas de
alto escalão dos EUA e da Rússia se reuniram em Genebra, na noite deste domingo
(9), e vão continuar suas conversas nesta segunda-feira (10) para discutir as
demandas de Moscou, estabelecidas no mês passado em dois projetos de tratado,
um com os EUA e outro com a Otan. Muito de seu conteúdo é considerado
inaceitável para Washington e para a aliança, principalmente a promessa de que
a Ucrânia nunca será membro da Otan.
A Rússia tem 100
mil soldados posicionados na fronteira com a Ucrânia e um número semelhante
deve ser mobilizado em curto prazo, segundo o secretário de Estado dos EUA,
Antony Blinken.
Há dois caminhos
diante de nós. Existe um caminho de diálogo e diplomacia para tentar resolver
algumas dessas diferenças e evitar um confronto. O outro caminho é o confronto
e consequências em massa para a Rússia – disse ele à CNN.
Neste ultimo
domingo (9), a Otan alertou Moscou para abandonar sua política externa
beligerante e cooperar com o Ocidente. Jens Stoltenberg, secretário-geral da
Otan, disse que o pacto de defesa está preparado para “um novo conflito armado
na Europa”.
DIÁLOGO
Os dois lados em Genebra serão liderados por negociadores veteranos, a
vice-secretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman, e seu homólogo russo, Sergei
Ryabkov, acompanhados por altos funcionários de seus respectivos departamentos
de defesa e militares. Negociadores americanos estão planejando apresentar aos
seus colegas russos propostas para discutir posicionamentos de mísseis e
amplitudes de exercícios militares na Europa nas negociações desta
segunda-feira.
No entanto a Casa
Branca busca testar Moscou para aferir se os russos falam sério a respeito de
sua intenção de pôr fim à crise da Ucrânia por meio de diplomacia ou se fazem
exigências impraticáveis como tática de procrastinação ou pretexto para uma
nova invasão.
Esses encontros
multilaterais são prioridade para a Casa Branca, que tem garantido aos seus
aliados e parceiros europeus, incluindo a Ucrânia, que não negociará “sobre
eles sem eles”. Mas as negociações em Genebra carregam a expectativa de serem
mais substantivas e serão assistidas de perto, como um indicador a respeito da
possibilidade de haver ou não um acordo diplomático a ser alcançado para evitar
uma nova guerra na Europa.
INVASÃO
As Autoridades americanas não estão certas se o presidente russo, Vladimir
Putin, acredita que este é o momento certo de invadir a Ucrânia e tentar
colocar o país de volta sob a esfera russa de influência por meio da força, ou
se, ao ameaçar a Ucrânia, ele está se valendo de um estratagema nebuloso para
arrancar concessões de segurança dos EUA e de seus aliados.
Em Genebra,
autoridades americanas verão se seus colegas russos enfatizarão exigências que
o Kremlin sabe ser inexequíveis – como garantias vinculantes de que a Otan não
se expandirá ao leste para incluir a Ucrânia.
Se os russos
aparecerem hoje querendo falar apenas da expansão da Otan, a negociação chegará
a um impasse. Os americanos estão preparados para reagir afirmando que isso não
está em discussão. Mas se os russos quiserem discutir de assuntos convencionais
de controle de armas, então haverá negociação, e isso poderia indicar um
prospecto de uma possível solução diplomática para a crise – disse Andrea
Kendall-Taylor, especialista em Rússia do Centro para uma Nova Segurança
Americana.
O secretário de
Estado americano, Anthony Blinken, disse estar cético.
Não acho que
veremos avanços na próxima semana. Vamos ouvir suas preocupações. Eles ouvirão
nossas preocupações. E veremos se há motivos para progresso. Mas é muito
difícil fazer um progresso real quando há uma escalada em curso, quando a
Rússia tem uma arma apontada para a Ucrânia disse Blinken.
*AE
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