Agência do INSS na região central de São Paulo durante a paralisação desta terça (8) – Ronny Santos/Folhapress. Quase metade dos profissio...
Agência
do INSS na região central de São Paulo durante a paralisação desta terça (8) – Ronny
Santos/Folhapress.
Quase metade dos profissionais parou nesta terça.
A
decisão, em caráter liminar, foi proferida pelo ministro Mauro Campbell Marques
e deve ser publicada nesta quarta. Procurados, a ANMP (Associação Nacional dos Médicos
Peritos) e o INSS não responderam até a publicação da reportagem.
Quase
metade dos peritos aderiu à greve nesta terça (45%), o que corresponde a 1.057 profissionais.
Desse total, um terço (15%) apresentou atestado médico.
Na
semana passada, no primeiro dia de paralisações, 52% participaram da
mobilização, dos quais 22% estavam de licença com atestado.
Agência do INSS na região central de São Paulo durante a paralisação desta terça (8) – Ronny Santos/Folhapress.
O
pedido de ação inibitória de greve foi feito pela União, que alegou abusividade
do movimento e ausência da disponibilização do percentual mínimo de servidores
para garantir a continuidade do serviço público, com prejuízo dos segurados e
impacto em mais de 59 mil perícias agendadas.
A
petição afirma ainda que 1.504 peritos aderiram ao movimento no último dia 31, afetando
1.495 atendimentos de perícia agendados. O documento estimou que os dois dias
de paralisação previstos para essa semana poderiam afetar 59.841 perícias.
Segundo
a ANMP, a paralisação foi organizada após tentativas frustradas de negociação com
o Ministério do Trabalho e Previdência. A principal demanda da categoria é a realização
de encontro presencial com o ministro Onyx Lorenzoni para discussão de temas
como reajuste salarial de cerca de 20%.
Os
peritos reivindicam também outras mudanças, como a realização de concurso para suprir
3.000 vagas, distribuição igualitária de agendamentos entre os profissionais
dos turnos da manhã e tarde, direito a feriados e recessos sem atendimentos e o
fim de
espaços
na agenda sem atendimentos.
As
perícias do INSS são exigidas para benefícios como auxílio-doença,
auxílio-acidente, aposentadorias por incapacidade permanente ou para pessoa com
deficiência e BPC (Benefício de Prestação Continuada). Cerca de 65% dos
benefícios concedidos pelo órgão passam pelo crivo dos peritos, segundo o
advogado previdenciário e colunista da Folha Rômulo Saraiva.
Colaborou
Luciana Lazarini
Da redação com a fonte da Folha
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