Ademir da Guia Ceres FC - Bangu RJ ...
Ademir da Guia Ceres FC - Bangu RJ
Início da Carreira
Nascimento: Ademir Ferreira da Guia nasceu no dia 03 de abril de 1942 na cidade do Rio de Janeiro.
Resumo Histórico da Carreira de Jogador: Quando menino, gostava de praticar natação; chegou a conquistar troféus nas piscinas do Bangu A.C. Era Filho de Domingos da Guia e sobrinho de Ladislau da Guia, jogadores integrantes da história gloriosa do Bangu. Aos 10 anos começou a jogar futebol no Ceres, clube também do bairro. Depois passou pelo Botafogo e posteriormente foi encaminhado às categorias de base do Bangu. Foi no Clube de Moça Bonita que o jovem se formou como atleta e jogou as primeiras partidas no profissional. Chegou em São Paulo em 1961, contratado pela Sociedade Esportiva Palmeiras, onde permaneceu até encerrar a carreira em 1977. Em 1961, Dom Freitas Solich, técnico do Flamengo, dirigindo-se a um dos diretores do Palmeiras que acabara de comprar Ademir da Guia, fez o seguinte comentário: “O preço que vocês pagaram não é o que vale só uma das pernas dele!”. Foi um comentário pertinente se levarmos em consideração que o Palmeiras dos anos 60 era denominado academia, em função de seus jogos não serem meras partidas de futebol, mas aulas ministradas e orquestradas pelo craque Ademir da Guia, “O Divino”. Injustiçado na Seleção Brasileira, Ademir foi convocado apenas 14 vezes durante sua carreira. Na copa do mundo de 1974, sediada na Alemanha Ocidental, foi convocado por Zagalo, sendo que na maioria dos jogos não figurava nem no banco de reservas. Só entrou como titular no jogo contra a Polônia, que decidia o 3º lugar, e ainda foi substituído no 2º tempo, embora estivesse bem na partida. Logo após sua saída, o Lendário Lato, ponta esquerda adversário, fez o gol que colocou a Polônia em 3º lugar. Para muitos era um jogador lento, porém sua dinâmica de jogo parecia com um maestro regendo uma orquestra de violinos, tal a leveza de Ademir conduzindo o Palmeiras. Lindo de se ver!
O poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, que gostava de futebol e chegou a jogar no juvenil do Santa Cruz de Recife, onde foi campeão em 1935, escreveu um poema em homenagem ao craque palmeirense.
Ademir da Guia (João Cabral de Melo Neto)
Ademir impõe com seu jogo
o ritmo do chumbo (e o peso),
da lesma, da câmara lenta,
do homem dentro do pesadelo.
Ritmo líquido se infiltrando
no adversário, grosso, de dentro,
impondo-lhe o que ele deseja,
mandando nele, apodrecendo-o.
Ritmo morno, de andar na areia,
de água doente de alagados,
entorpecendo e então atando
o mais inquieto adversário.
Frases dele e sobre ele:
“Quem tem que correr é a bola. Eu tenho pulmão, ela não”. (Ademir da Guia).
“Ademir da Guia tem o nome, o sobrenome e a bola do craque”. (Armando Nogueira, jornalista e cronista esportivo)
“Sem Ademir da Guia, o Palmeiras é menos Palmeiras”. (Rubens Minelle, técnico de futebol)
“Marcar Ademir da Guia é excessivamente cansativo. Corro o dobro, tendo a impressão que ando. Ele põe o ritmo que quer no jogo. Tem táticas próprias e deixar o adversário exausto e quase sem raciocínio é uma delas”. (Clodoaldo, ex-volante do Santos)
Às vezes Deus brinca com a gente, caso a gente faça malcriação. Aí põe a gente para marcar Ademir da Guia e passamos a noite em claro, antes e depois do jogo”. (Orlando, ex-zagueiro do Vasco)
Atuação de Ademir da Guia na Política Paulistana: Anos depois de encerrar a carreira de jogador de futebol, foi eleito vereador da Cidade de São Paulo em 2004. Concorreu, sem sucesso, a uma vaga para Deputado Estadual nas eleições de São Paulo em 2014.
Ademir da Guia
Hoje Ademir vive e mora na Capital Paulista e completou 79 anos em 03 de abril de 2021.
Coluna do Vidal
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