Número de acolhimentos pediátricos aumentou em mais de 50% durante mês de março É natural que na virada do verão para o outono, os casos de ...
Número de acolhimentos pediátricos aumentou em mais de 50% durante mês de março
É natural que na virada do verão para o outono, os casos de doenças virais aumentem nas cidades goianas. Como afeta principalmente crianças, a UPA – Unidade de Pronto Atendimento Mansões Odisséia já começou a sentir os reflexos dessa mudança de clima.
Porta aberta de urgência e emergência para assistência pediátrica no município, a unidade funcionou na última semana atendendo acima da sua capacidade instalada, o que impactou no tempo de espera.
Durante o mês de fevereiro, foram contabilizados 2.012 atendimentos pediátricos na unidade, uma média diária de 71 pacientes. Já nos primeiros 28 dias de março, esse quantitativo saltou para 3.002 acolhimentos, um aumento 51% superior ao de crianças atendidas na UPA.
De acordo com a pediatra e coordenadora médica da UPA Mansões, Débora Cruvinel, grande parte dos atendimentos ao público infantil está ligado aos episódios de viroses, comuns nesse período do ano.
“A maior parte dos atendimentos em pediatria neste período sazonal, que corresponde entre os meses de março a julho, se trata de infecções do trato respiratório. Este número corresponde a mais de 80% dos atendimentos pediátricos dentro da UPA nesse período”, explica a médica.
Como é o fluxo de atendimento?
Quando o paciente chega à unidade, logo passa pela Classificação de Risco. Nesse momento, a equipe de Enfermagem avalia o quadro clínico do usuário, sintomas, queixas, sinais vitais, risco de morte, escala de dor e nível de consciência. Os pacientes com estado de saúde considerado mais grave são atendidos de forma prioritária.
Os níveis de gravidade são identificados por cor e, para cada um deles, há um tempo estimado para que o atendimento seja realizado. Os pacientes que recebem a pulseira vermelha são considerados gravíssimos e necessitam de atendimento imediato. Já a pulseira laranja indica que o caso é grave, com risco significativo e necessita de atendimento urgente, em até 10 minutos. Se a pulseira for amarela, a gravidade é moderada. O paciente necessita de atendimento rápido, mas pode aguardar até uma hora.
A pulseira é verde? Então, o risco de agravamento da saúde é baixo e o paciente pode aguardar até duas horas. Agora, se a pulseira for azul, não é uma urgência. O usuário pode aguardar atendimento por até quatro horas ou ser encaminhado para uma Unidade Básica de Saúde.
“O protocolo de Classificação de Risco tem o objetivo garantir o acolhimento de forma prioritária aos pacientes identificados com quadro clínico mais agravado. O sistema preconiza que o tempo máximo de atendimento seja de quatro horas. No entanto, com o grande volume de procura registrado nos últimos dias esse fluxo de atendimento é afetado e o tempo de espera pode ser estendido”, afirma Débora Cruvinel.
Como evitar viroses?
Durante o mês de março, as causas mais frequentes de atendimento infantil têm sido infecção aguda das vias aéreas, síndrome mão-pé-boca, diarreia, bem como coriza, tosse e espirros persistentes com a apresentação de quadro febril.
A médica Débora Cruvinel orienta cuidados que podem evitar a transmissão e o contágio pelos vírus. São eles:
– Manter as mãos limpas;
- Usar álcool em gel;
- Utilizar máscara facial em ambientes fechados;
- Fazer a higienização nasal diariamente;
- Cobrir as vias respiratórias sempre que tossir e espirrar;
– Manter-se hidratado;
- Ter uma alimentação balanceada, rica em frutas e legumes.
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