Os Aparelhos são comprados ou fabricados pela Oficina Ortopédica e distribuídos pelo Núcleo de Atendimento Ambulatorial. Além das órteses e...
Os Aparelhos são comprados ou fabricados pela Oficina Ortopédica e distribuídos pelo Núcleo de Atendimento Ambulatorial.
O Distrito Federal entregou 4.835 órteses e próteses no ano passado, 44% a mais do que em 2020, quando foram distribuídos 3.239 aparelhos. Neste ano, já foram distribuídos 930 equipamentos, pelo Núcleo de Produção de Órteses e Próteses (Nupop) do Distrito Federal, também conhecido como Oficina Ortopédica, e pelo Núcleo de Atendimento Ambulatorial de Órteses e Próteses e Materiais Especiais (NAOPME). As duas unidades são vinculadas à Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde (Sais) e responsáveis pela avaliação, acompanhamento e encaminhamento de pacientes para confecção de órteses e próteses ambulatoriais.
Em todo o ano passado, foram entregues 209 órteses para membros inferiores e superiores e 479 próteses mamárias, para membros inferiores e superiores. Além disso, foram distribuídas 1.223 cadeiras de banho, disponíveis em quatro modelos; 1.078 cadeiras de roda, em 8 modelos conforme as características do usuário; 1.001 palmilhas ortopédicas; e 422 calçados especiais. A lista é composta ainda por almofadas terapêuticas, andadores, bengalas, coletes ortopédicos e muletas.
De acordo com a chefe do Núcleo de Órteses e Próteses, Maria Fernanda Baciuk, “a Oficina Ortopédica devolve aos pacientes, principalmente aqueles com deficiência, as funcionalidades do corpo, a independência. Muitos conseguem voltar ao mercado de trabalho, por meio de uma protetização, conseguem viver mais”.
A chefe do Núcleo de Órteses e Próteses, Maria Fernanda Baciuk, explica que o objetivo de cada um dos aparelhos é atender às necessidades dos pacientes. “A Oficina Ortopédica devolve aos pacientes, principalmente aqueles com deficiência, as funcionalidades do corpo, a independência. Muitos conseguem voltar ao mercado de trabalho, por meio de uma protetização, conseguem viver mais”, alega.
Os aparelhos ortopédicos são adquiridos por meio de licitação com base na tabela de preços do Ministério da Saúde. “Nós pedimos os aparelhos conforme a demanda. A empresa envia os equipamentos que não precisam de molde, como as cadeiras, e logo os entregamos. Para os que precisam dos moldes, nós convocamos os pacientes para tirar as medidas com a empresa e ela tem até 60 dias para entregar as órteses e 90 para as próteses”, informa Maria Fernanda.
No caso da órtese para membro superior, o processo é diferente. Quem tira as medidas dos pacientes é a própria Oficina Ortopédica. O terapeuta ocupacional Ricardo Alcântara explica: “Nós importamos por licitação uma placa termomoldável, que permite que a gente faça a órtese e entregue para o paciente, no mesmo dia, em até uma hora. Serve para corrigir lesões na mão, braço e punho, com a imobilização da área”, explica. Em 2021, foram produzidas 200 unidades do aparelho.
A Oficina também ajusta equipamentos entregues pela unidade em um maquinário próprio. Para isso, o produto deve estar fora do prazo de garantia. “Às vezes, é uma rodinha da cadeira que emperrou, alguma coisa que se descolou. O paciente vem com o aparelho, a gente conserta e ele volta pra casa com tudo certo”, explica Maria Fernanda. Em 2021, 232 próteses e órteses passaram por reforma.
Próxima entrega
A partir da próxima semana, serão entregues 365 órteses para membros inferiores – em média 40 pacientes por dia, de segunda a sexta-feira, até que todos os aparelhos sejam distribuídos. “Estávamos há sete anos sem entregar essas próteses e, até o final da ata, vamos distribuir mais de 1.300”, explica a chefe da Oficina Ortopédica. “Hoje estamos na melhor situação da oficina nos últimos quatro anos, em que os pacientes são atendidos com zelo, e não há entraves aos processos”, completa a profissional.
Nesta quarta-feira (27), uma família indígena, da etnia Kamayurá, recebeu uma cadeira para banho e uma de rodas para um homem tetraplégico. A tia do paciente, que atua como cuidadora dele e que preferiu não se identificar, por segurança, diz que os aparelhos representam melhorias na vida de toda a família. “As minhas costas doíam muito ao dar banho nele, porque a outra cadeira que temos é muito baixa. Outra tia, que me ajuda a cuidar dele, também reclamava disso. Agora vai ser tudo mais fácil. Também vamos poder levar ele pra passear, dar uma voltinha na rua”, afirma.
Atendimento
Para receber alguma órtese, prótese ou demais itens ortopédicos, o paciente ou o responsável precisa ser atendido pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), para que haja a emissão de um pedido do aparelho. Com o pedido em mãos, a pessoa deve agendar uma avaliação com fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional pelo site agenda.df.gov.df ou pelo telefone 2017-1145, ramal 1164. O encontro será no NAOPME, que fica na Estação do Metrô da 114 Sul.
Após a avaliação, o paciente deve aguardar a convocação para o recebimento do aparelho. O contato ocorre por telefone, por isso é importante manter o cadastro atualizado. O fornecimento é realizado por ordem de inscrição e está condicionado à disponibilidade do material em estoque.
Da redação do Lei & Política
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