O motivo da perda de cabelo nos homens, em sua grande maioria, ocorre por predisposição genética. As mulheres, mesmo em menor proporção, tam...
O motivo da perda de cabelo nos homens, em sua grande maioria, ocorre por predisposição genética. As mulheres, mesmo em menor proporção, também podem sofrer com o problema, apresentando um afinamento dos fios de cabelo e menor densidade na parte de cima (central) do couro cabeludo.
A médica dermatologista Dra. Patrícia Castro, especialista em tricologia, explica que o sinal clínico inicial se dá pelo aumento das entradas e também com o cabelo ficando mais ralo na região da coroa (vértex). Nas mulheres, algumas doenças, a deficiência de algumas vitaminas e o uso de alguns medicamentos, são causas de uma condição chamada eflúvio telógeno agudo (ETA). Dentre alguns exemplos de tal situação, podemos citar a síndrome de ovário policístico, baixa de ferritina (reserva de ferro do organismo), baixa de zinco e selênio e distúrbios da glândula tireóide . Os tratamentos capilares de embelezamento do cabelo em salões como alisamentos, chapinhas e escova progressiva podem danificar a haste capilar tornando-a mais quebradiça.
Portanto, quando acontece a queda de cabelo anormal, o paciente precisa observar e procurar um médico dermatologista especialista em tricologia. “Na hora do banho, surgir um volume considerável no ralo, ou cabelos no travesseiro, numa quantidade superior a 100 fios por dia é um alerta”, observa a Dra. Quando se trata da questão genética, pode ser mais difícil de perceber a queda, mas o cabelo vai progressivamente ficando mais fino no decorrer dos anos, o que resulta em diminuição de densidade, passando-se a notar as falhas no couro cabeludo.
Mesmo quando a queda capilar é genética, tratamentos precoces podem ser realizados para controlar tal condição e evitar a calvície. A dermatologista destaca que uma alimentação saudável e equilibrada ajuda a prevenir os casos relacionados à baixa de selênio, zinco e ferro além de outras vitaminas como vitamina D. O acompanhamento médico é importante para ajudar a identificar os distúrbios hormonais como o da glândula tireóide . “Devem-se também evitar os alisamentos, escovas progressivas e tração excessiva nos cabelos. Mas, o mais importante é, aos primeiros sintomas de queda de cabelo anormal, procurar o dermatologista para que ele avalie e faça o diagnóstico mais correto e preciso e implemente os tratamentos necessários”, ressalta a médica Patrícia Castro.
Tratamento
O tratamento recomendado para cada caso necessita de um diagnóstico clínico. Portanto, é de fundamental importância a consulta com a dermatologista. Caso haja algum problema hormonal ou deficiência mineral ou vitamínica, isso precisará ser corrigido para que o tratamento obtenha êxito. E se a causa for o uso de medicamentos, os mesmos precisam ser suspensos ou substituídos. “Diversos medicamentos também podem ser utilizados, tanto por via tópica como por via oral, para auxiliar no tratamento e estimular os folículos capilares. A melhor opção para cada caso vai depender da avaliação individualizada pela dermatologista”, acrescenta.
Bastante utilizado no tratamento, o
MMP® capilar (microinfusão de medicamentos na pele), que tem apresentado
excelentes resultados no tratamento da alopecia androgenética e também em
outras causas de queda de cabelo. “É realizado, com um aparelho específico,
microperfurações bem delicadas em toda a superfície do couro cabeludo, ao mesmo
tempo em que várias medicações são infundidas, de acordo com cada caso. As
medicações mais utilizadas são os fatores de crescimento, complexo vitamínico,
dutasterida, finasterida, e Minoxidil”, orienta a Dra. Patrícia.
Dra. Patrícia Castro – Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Goiás – UFG (1998-2003), Residência Médica em Clínica Médica no Hospital Regional da Asa Norte -HRAN/SES (2004-2005), Residência Médica em Dermatologia no Hospital Universitário de Brasília -UnB (2007-2008), Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).
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Graciliano Cândido
Jornalista Mtb 8995/DF
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