Equipamentos públicos, que fomentam a economia local, ganham melhor estrutura para conforto de milhares de frequentadores. Seja para comprar...
Equipamentos públicos, que fomentam a economia local, ganham melhor estrutura para conforto de milhares de frequentadores.
Seja para comprar um peixe para o cardápio do almoço de domingo ou comer um pastel com caldo de cana no final da tarde de sábado, as feiras do Distrito Federal fazem parte da rotina brasiliense. No total, há 37 espaços permanentes e três centros comerciais distribuídos pelas regiões administrativas, que empregam mais de 17 mil feirantes e são frequentados por milhares de pessoas diariamente.
Com o objetivo de garantir a acessibilidade e segurança dos polos econômicos, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), investe na reforma e manutenção de 20 equipamentos, situados em 14 regiões administrativas. O investimento é de mais de R$ 20 milhões. Os serviços são executados com mão de obra direta da companhia e por licitação, desde 2020.
No ano passado, foram entregues as obras das feiras do Gama, conhecida como Feira Galpãozinho, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Candangolândia, M Norte (Taguatinga), Brazlândia e Sobradinho. Ainda neste ano, devem ser reinauguradas as unidades permanentes de Sobradinho II, duas situadas em Samambaia, Guariroba (Ceilândia) e Gama.
Cada um dos equipamentos recebeu um escopo personalizado sobre os principais pontos a serem reformados. Em geral, as manutenções incluíram a reforma do piso, das fachadas, dos banheiros – com troca de sanitários e instalação de louças -, revisão hidráulica e elétrica, manutenção das salas da administração e padronização da pintura das bancas.
De acordo com a assessora da Diretoria de Edificações da Novacap, Uyara Rodrigues Mendes de Freitas, os feirantes foram consultados antes do início das obras, para sugerir ou cobrar algum tópico específico. “Em algumas feiras, como a do Núcleo Bandeirante, não cabia apenas a manutenção e precisamos fazer uma reforma geral. Foi um pedido da comunidade.”
Ela acrescenta que, inicialmente, a licitação de reforma e manutenção estava orçada considerando 30 feiras. No entanto, devido à situação deteriorada dos locais, o montante disponível foi suficiente para o trabalho em 20 unidades.
“Quando entramos nas feiras para fazer os serviços, observamos que muitas edificações não sofriam nenhum tipo de intervenção há anos. Então, em um lote que contemplava três endereços, conseguimos fazer somente uma feira. Porém, como é um trabalho contínuo, vamos criar novos processos licitatórios para atender mais locais, porque queremos, sim, atender a todas”, diz.
A obra da Feira Permanente do Núcleo Bandeirante está em andamento desde outubro de 2021 e recebeu um investimento de R$ 8 milhões. O espaço, que tem 4.505 m², passa por uma reconstrução completa: desde a recuperação de todos os boxes e da praça de alimentação até o estacionamento público e as instalações de água, eletricidade, esgoto, drenagem pluvial e combate a incêndio.
Experiência única
Em junho, a Feira Central de Brazlândia foi reinaugurada após manutenções gerais, com investimento de R$ 912 mil. Houve a pintura de alambrados e corrimãos, da fachada externa e das bancas, de forma padronizada, reforma dos banheiros, revisão hidráulica e elétrica, além da instalação de nova iluminação.
O diretor de obras da administração regional de Brazlândia, Wllysses Teixeira, frisa que os trabalhos fazem a diferença não só na comodidade, mas também na segurança das pessoas. “Nossa feira hoje é bem movimentada, as pessoas têm o costume de frequentar a feira, principalmente aos finais de semana. Então, a segurança foi uma das prioridades”, pontua.
Dono de uma banca de conserto de eletrônicos em geral, Vonin Fernandes, 41 anos, é um dos feirantes que viram a transformação acontecer na feira de Brazlândia. “O banheiro estava bem precário, o piso também. A feira era bem escura, ficou mais clara. A entrada ficou mais bonita”, observa.
“Para nós, feirantes, às vezes os problemas incomodavam muito, mas os clientes nunca chegavam a reclamar. Agora é diferente, eles elogiam, comentam que ficou muito bom”, completa Vonim.
A dona de casa Iranilda Perin, 57 anos, é uma dos clientes da feira que repararam nas novidades da estrutura. “Quando vim aqui pela primeira vez, depois da reforma, quase não reconheci. Antes, estava bem acabadinha”, afirma.
A percepção de que as feiras são locais de cultura e convivência da comunidade incentivou a recuperação dos equipamentos, segundo o secretário-executivo das Cidades, Valmir Lemos. Ele aponta que, desde 2019, os equipamentos têm sido priorizados.
“No atual governo, as feiras que são mobiliários públicos passaram a ser vistas não só como local de compra e venda de mercadorias, mas também como pontos para interação entre a comunidade, para atividades econômicas sustentáveis.”
Da redação
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