Duas exposições e um seminário fazem parte da programação gratuita. Destacar e celebrar as manifestações culturais indígenas que unem os p...
Duas exposições e um seminário fazem parte da programação gratuita.
Destacar e celebrar as manifestações culturais indígenas que unem os povos ibero-americanos. Esse é o intuito da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) ao promover, com o apoio do Escritório de Assuntos Internacionais do Distrito Federal, a série de eventos que ocorrem nesta quinta-feira (1º). Duas exposições e um seminário serão realizados no Memorial dos Povos Indígenas (MPI) e na Biblioteca Nacional de Brasília (BNB). Todas as atividades são gratuitas.
“É mais uma ação, entre as tantas que promovemos este ano, no sentido de reforçar nossa herança ibero-americana”
A programação começa pela manhã com a inauguração da exposição Darcy Ribeiro: um homem de ideias, palavras e ação, e segue com o seminário Literaturas Originárias, ambos na Biblioteca Nacional de Brasília. No período vespertino, o evento segue para o Memorial dos Povos Indígenas, que reabre sua Sala Multiuso reformada.
“Esse conjunto de eventos reafirma o compromisso da secretaria com os povos originários. É mais uma ação, entre as tantas que promovemos este ano, no sentido de reforçar nossa herança ibero-americana”, afirma o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.
A iniciativa faz parte das ações que celebram Brasília como Capital Ibero-americana das Culturas (CIC) em 2022 e surge em continuidade ao webinário Políticas Culturais Indígenas da Ibero-América, evento realizado em outubro com a contribuição das secretarias de Cultura dos municípios de Bogotá e Cidade do México.
100 anos de Darcy
A exposição Darcy Ribeiro: um homem de ideias, palavras e ação será inaugurada nesta quinta-feira (1º) e segue em cartaz até março de 2023, celebrando o centenário de nascimento do antropólogo. Os visitantes poderão conferir trechos de relevantes trabalhos escritos de Darcy, em seleção feita pelos próprios servidores da BNB, a partir de livros pertencentes ao acervo do equipamento cultural.
Para além da educação, o escritor, sociólogo e também historiador brasileiro é conhecido pelo trabalho direcionado aos indígenas brasileiros, com diversas obras dedicadas aos povos originários, como A Política Indigenista Brasileira (1962), Os Índios e a Civilização (1970) e Culturas e Línguas Indígenas do Brasil (1957).
Espaços de literatura
Já o seminário Literaturas Originárias vai debater o conceito de literatura de modo ampliado, vista enquanto espaço de construção de histórias, emoções e ideias, não apenas como manifestação escrita, mas envolvendo também uma variada gama de expressões artísticas e de outras linguagens tais como cinema, música, fotografia, tradições orais e dança.
Para isso, o debate, que também ocorrerá na BNB, contará com a participação do cineasta indígena Cuhexê Krahô, recém-premiado na 55ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro; da fotógrafa documental étnica e antropóloga Raíssa Azeredo; e da estudante de artes plásticas e educadora indígena Morena.
“A discussão sobre as formas de expressões artístico-culturais dos povos originários se faz essencial para compreendermos melhor o nosso próprio patrimônio”, explica o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secec, Aquiles Brayner, que ficará a cargo da mediação do debate.
A inauguração da Sala Multiuso do Memorial dos Povos Indígenas, agora totalmente renovada, encerra o dia de atividades. A programação no local se inicia às 15h e, após a solenidade, segue com visitas guiadas ao acervo permanente e à exposição Séculos Indígenas, realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC). Os presentes contarão, ainda, com apresentação de poesia slam da artista indígena Morena.
Cinema indígena
Para além do dia 1º de dezembro, a celebração aos povos originários tem continuidade com o 1º Festival de Cinema e Cultura Indígena do Brasil, que o Cine Brasília recebe entre 2 e 11 de dezembro. Idealizado pelo premiado cineasta Takumã Kuikuro (diretor-geral), o evento é voltado para a produção audiovisual de cineastas, coletivos e realizadores de origem indígena, com o intuito de promover, fortalecer e difundir a diversidade da cultura e do cinema dos mais de 305 povos indígenas do país.
Também realizado com recursos do FAC, o festival traz na programação gratuita masterclasses, apresentações culturais e bate-papos com grandes nomes do audiovisual, além de mostra competitiva composta por dez filmes, mostra paralela com 20 filmes e mostra de convidados com dez filmes. A curadoria é de mulheres indígenas com vasta experiência no audiovisual, como Julie Dorrico, Kujaesage Kaiabi, Olinda Tupinambá, Priscila Tapajowara e Renata Aratykyra.
Confira aqui a programação completa.
Da redação Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF
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