Foto: Divulgação/PMOP Após análises, local será incluído em um catálogo que já tem outras 170 minas mapeadas que fizeram parte da exploraç...
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Foto: Divulgação/PMOP Após análises, local será incluído em um catálogo que já tem outras 170 minas mapeadas que fizeram parte da exploração do ouro no século 18.
As fortes chuvas na cidade histórica de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, além de causarem inundações e desmoronamentos, revelaram uma mina explorada no Ciclo do Ouro, no século 18. Uma casa que estava construída por cima da mina escondia o passado subterrâneo, com o solo encharcado parte dela veio abaixo e a nova galeria foi descoberta na terça-feira (9/1).
O professor do Departamento de Engenharia de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Hernani Mota, conta que a cratera foi aberta após o acúmulo de 200 milímetro de chuvas no útimo fim de semana na cidade. A casa está localizada no Bairro 13 de Maio, antigo Bairro Alto da Cruz, na Serra de Ouro Preto.
Conhecido por realizar estudos sobre minas a céu aberto e subterrâneas, o professor esteve no local acompanhado da Defesa Civil e, após uma análise preliminar, concluiu que o restante da casa foi comprometido.
“A área de serviços da casa veio abaixo e deixou o restante do imóvel com trincas na parede e a família teve que ser retirada da casa”.
Catálogo Segundo o engenheiro, ainda não é possível especificar as dimensões da mina e, após o período chuvoso, uma nova análise será realizada e o local será incluído no catálogo que tem mais de 170 minas mapeadas na cidade histórica.
“A gente ainda não tem a dimensão e faremos uma avaliação da mina e do imóvel. O acesso à mina é difícil e não dá para ver o tamanho dela pelo lado de fora. Não dá para entrar agora, tem muito entulho e ainda o risco de novos desabamentos”, explicou Mota. O professor da UFOP conta que o catálogo foi criado para preservar a memória de todos os vestígios do período histórico que deixou marcas não só na arquitetura, mas também na vida da população.
“Algumas delas se tornaram pontos turísticos, como a Minas do Chico Rei. Nós começamos a estudar o mapeamento das minas em 1994 e uma preocupação que tínhamos era o colapso dessas áreas e o impacto na infraestrutura urbana”, conta. Mota lembra que em fevereiro do ano passado outra mina de ouro, de 14 metros de comprimento, foi descoberta em um local próximo e, após análises do terreno, as duas moradoras puderam voltar para o imóvel.
Da redação Com informações do Correio Braziliense - Estado de Minas |
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