Em um trabalho conjunto realizado pela Polícia Civil do Distrito Federal— PCDF e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado da Cidad...
Em um trabalho conjunto realizado pela Polícia Civil do Distrito Federal— PCDF e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado da Cidade de Governador Valadares/MG— FICCO, composta pela Polícia Federal (PF), Polícia Civil e Militar do Estado de Minas Gerais (PCMG/PMMG) e e a Polícia Civil do Rio de Janeiro— PCRJ comprovou, esta semana, que um dos sete presos na Operação *Hermes, tratava-se do chefe de uma facção criminosa da cidade de Governador Valadares/MG e utilizava documentos falsos para ocultar sua verdadeira identidade. A operação foi deflagrada no último dia 29, pela equipe da CORF/PCDF, na cidade do Rio de Janeiro/RJ.
O nome verdadeiro do investigado preso também consta na lista vermelha de procurados da Interpol, acusado de crime de homicídio e que estaria foragido em Portugal.
As apurações ainda apontaram que o criminoso está envolvido não só em cirmes de estelionato contra idosos, lavagem de capitais e organização criminosa, mas também em tráfico de drogas e homicídios.
Durante a operação policial, o criminoso também foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. Na residência dele foram encontradas duas pistolas raspadas, além de dois veículos roubados.
Laudo de exame de confronto papiloscópico, produzido pelo Instituto Nacional de Identificação da PF, comprovou a verdadeira identificação do foragido da Justiça de Minas Gerais.
A Operação Hermes
Deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal por intermédio da CORF, com o apoio da PCRJ, em 29 de março de 2023, na grande Rio de Janeiro/RJ, teve como finalidade desarticular grupo criminoso que enganou idosos com a falsa promessa de lucros na revenda de cotas e títulos de um clube de viagens, o qual funciona há várias décadas.
Durante a ação, foram cumpridos ao todo sete mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão nas residências dos suspeitos e em empresas vinculadas ao grupo criminoso.
Foram apreendidos aparelhos celulares, dispositivos eletrônicos, quatro veículos, uma motocicleta, três armas de fogo, documentos falsos, munição e dinheiro em espécie
O modus operandi
As vítimas eram atraídas por sites falsos da empresa na internet e contactadas, via ligações telefônicas, por pessoas que se passavam por funcionários, os quais alegavam que as cotas do clube estavam muito valorizadas e que havia grandes redes de turismo nacionais e internacionais interessadas em adquiri-las, oferecendo para revendê-las.
Para tanto, falsas empresas de turismo e do clube de viagens, além de pessoas se passando por empregados de instituições bancárias, enganavam os titulares através da cobrança de altas taxas— averbações, escrituras, câmbio, débitos aéreos e marítimos, traslados— como forma de atualizar e transferir as propriedades das cotas.
Os suspeitos também encaminhavam documentos falsos para as residências das vítimas, com o intuito de dar veracidade às falsas alegações.
“Os integrantes desta organização criminosa além de usar sites falsos, hospedados em outros países, criaram empresas de fachada para tentar encobrir a destinação dos valores transferidos pelas vítimas. Pelo menos 15 pessoas e sete empresas compõem essa organização criminosa e estima-se que eles atuam há mais de nove anos”, destaca o coordenador da Corf, delegado Wisllei Salomão.
As vítimas
No Distrito Federal, foram identificadas pelo menos oito vítimas, desde 2019, que sofreram um prejuízo estimado em R$ 2 milhões.
Durante as investigações, que perduraram um ano, foram identificadas outras vítimas de vários estados da federação. De acordo com o delegado da Corf, o prejuízo pode chegar a mais de R$ 20 milhões somente nesse período.
*A operação foi denominada Hermes em referência ao deus grego das viagens.
Da redação com a fonte da Assessoria de Comunicação/DGPC
PCDF, excelência na investigação!
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