Para o deputado, que já foi enfermeiro, as duas profissões enfrentam muitos desafios, principalmente nos postos públicos de saúde, como falt...
Para o deputado, que já foi enfermeiro, as duas profissões enfrentam muitos desafios, principalmente nos postos públicos de saúde, como falta de equipamentos e achatamento salarial
“O problema da categoria de saúde é que a gente não quer saber de política, mas isso é um grande erro, pois precisamos reconhecer quem são os políticos, não só parlamentares, mas líderes de conselhos e sindicais para cobrar melhorias”, disse o deputado Jorge Vianna (PSD) em solenidade que homenageou o Dia do Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional na Câmara Lesgislativa nesta segunda-feira (16).
O parlamentar explicou que as categorias têm a missão de recuperar, habilitar e emancipar pessoas afetadas por problemas de saúde de forma que tenham mais qualidade de vida. Porém, acrescentou que mesmo com similaridades, “as abordagens, áreas de especialização e o ‘público salvo’ são diferentes.”
“O fisioterapeuta é o profissional que trabalha com reabilitação e promoção da saúde física e profissional de pessoas de todas as idades com objetivo de prevenção e tratamento às funções e movimentos do corpo humano. Já o terapeuta ocupacional é quem lida com dificuldades física, emocional, social ou cognitiva e assim dar competência para cumprir as atividades diárias e assim ter mais qualidade de vida e independência.”
Foto: Eurico Eduardo/Agência CLDF
Para o deputado, que já foi enfermeiro, as duas profissões enfrentam muitos desafios, principalmente nos postos públicos de saúde, como falta de equipamentos e achatamento salarial, por isso é preciso reconhecê-los. Jorge também cita a importância desses profissionais durante a pandemia do COVID-19.
“A recente pandemia de COVID-19 mostrou a importância deles na reabilitação de diversos pacientes internados na UTI do país. Até mesmo em uma simples função humana, de respirar, eles ajudavam.”
Por fim, o parlamentar cobrou união entre conselhos e representantes das categorias em prol de melhorias de salário e condições de trabalho.
“Só vocês, representantes, podem ir às ruas pedir melhorias, pois o coitado do trabalhador não pode abandonar o trabalho pois precisa se sustentar. Eu estou aqui por vocês, todos os anos faço homenagens, porém quero materializar isso com melhorias no salário.”
O fisioterapeuta e diretor da Associação dos Especialista e presidente eleito do conselho regional da 11ª região (CREFITO-11), Sérgio Andrade, explicou o conflito existente entre o Conselho Federal (COFFITO) e Regional (CREFITO 11).
Dentre as denúncias de Sérgio, desde 2008 há esquema de corrupção e compras e funcionamento de sedes inexistentes regidas pelo COFFITO. Segundo ele, a intervenção que se encontra o CREFITO-11, é uma retaliação às denúncias pois não há base jurídica.
“Em dezembro de 2022, desafiamos o Conselho Federal que fez uma plenária secreta sem divulgar data e hora, mesmo que a Lei e o Tribunal de Contas da União exigissem, e decidiram pela intervenção sem mandato ou denúncia no TCU. Exoneraram 15 funcionários, estagiários e jovens aprendizes. Quem não quer fazer o que querem, é demitido.”
“Aumentaram a anuidade em quase 13%, sendo que o valor permitido por lei era de 6%. A nossa categoria é unida. Não vivo de conselho e não quero viver. Nós sempre fomos honestos e tá tudo no portal da transparência. Porque estão fazendo isso? Porque mexemos com quem estava quieto.”
Para Júlio César Florêncio Isidro, presidente da associação dos especialistas em saúde pública da Secretaria de Estado de Saúde do DF (AES-SES/DF), o momento atual é de conflito entre os conselhos das categorias por disputa de poder. Mas, para ele é um prazer imensurável visualizar e trazer à tona uma melhoria da qualidade de vida em pacientes.
“Infelizmente não somos valorizados, não só em questão de salário, mas pela ausência de conhecimento daquilo que podemos promover. Que possamos lutar aqui no DF para que no mínimo sejamos reconhecidos como nossos amigos dentistas.”
Concuso público
O representante da associação brasileira dos terapeutas ocupacionais regional do DF (ABRATO-DF), Messias Rodrigues Fernandes, cobrou mais concursos e formas de inserção dos profissionais de terapia ocupacional na saúde.
“Falta muito terapeuta ocupacional na iniciativa privada e no SUS. Nas conversas de corredor, a gente vê que os profissionais estão conseguindo mais suporte e oportunidades de trabalho, porém ainda podemos percorrer mais, inclusive com melhorias na norma que regula a profissão, pois desde 1960 muita coisa mudou.”
Como representante da Secretaria de Saúde (SES), o fisioterapeuta Dr. Juliana Leão Silvestre, citou que há avanços na contratação de profissionais e compras de novos equipamentos para tratamentos. Para ela, o fisioterapeuta pode estar onde quiser e não se avança na força, mas sim na técnica.
“Cuido de todos os meus pacientes do SUS como meus filhos. A fisioterapia extrapola a reabilitação, mas também podemos prevenir e resgatar a qualidade de vida, esperança e sorriso. A pandemia pôs em evidência nossa importância, pois mostra que vai além de intubar e tratar. Quanto mais nos qualificamos, mais nos mostramos indispensáveis.”
A tenente Joyce Oliveira, representando o Hospital das Forças Armadas de Brasília, explicou que o hospital admite os fisioterapeutas por processos seletivos com tempo de serviço de 8 anos.
“Eu digo que o serviço no HFA, é uma boa experiência. A gente trabalha com a força, mas também precisamos do coração. Nós não temos no HFA os terapeutas ocupacionais e é uma luta que existe para se colocar profissionais lá pois sabemos da importância de vocês.”
Da redação com a fonte da Agência CLDF
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