Jeyder Gomes sofreu um Infarto Agudo do Miocárdio e, em seguida, duas paradas cardiorrespiratórias. Ter a vida salva por alguém é, por si só...
Jeyder Gomes sofreu um Infarto Agudo do Miocárdio e, em seguida, duas paradas cardiorrespiratórias.
Ter a vida salva por alguém é, por si só, gratificante. Esse fio que liga a história do professor e motorista Jeyder Gomes, 42 anos, à equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-DF) foi o motivo de um reencontro comovente nesta sexta-feira (17). “Estou emocionado demais de poder agradecer, pois foi graças ao trabalho, ao profissionalismo, aos procedimentos corretos e à dedicação dessa equipe que estou aqui hoje, com vida.”
Em 7 de setembro deste ano, o Samu-DF foi acionado para atender uma ocorrência na 409 Norte. Quem ligava era Ana Emília Bahia, 42, namorada de Jeyder. Quando a equipe chegou ao local, ele sofria um Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Durante o deslocamento para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Núcleo Bandeirante, Jeyder teve uma parada cardiorrespiratória e, imediatamente, os profissionais iniciaram a manobra de ressuscitação cardiopulmonar. Após dois ciclos, o paciente voltou.
“Estou emocionado demais de poder agradecer, pois foi graças ao trabalho, ao profissionalismo, aos procedimentos corretos e à dedicação dessa equipe que estou aqui hoje, com vida”, afirmou Jeyder durante os abraços nas técnicas de enfermagem Priscila Soggia, Graziene Fujiwara e no condutor Welinson Nunes, responsáveis pelo atendimento.
O abraço forte de gratidão deixou Wellinson comovido. Segundo ele, em sete anos atuando no Samu-DF, essa foi a primeira vez que recebeu o agradecimento pessoal de um paciente. “É emocionante reencontrar o Jeyder bem, após a situação que ele viveu. Para nós, da equipe, esse gesto é extremamente recompensador, pois é difícil ter um retorno. Fico feliz de ter contribuído com a continuidade da vida de Jeyder”, disse.
Já para Priscila, técnica de enfermagem do Samu-DF há 14 anos, encontrar o paciente foi tocante. “Este momento representa um trabalho que funciona, baseado em protocolos, em paixão. Trabalhamos com amor, sempre focando na volta do paciente para casa. A presença do Jeyder mostra que tudo o que fizemos deu a ele uma nova chance.”
O reconhecimento do trabalho realizado diariamente é, segundo Graziene, algo que motiva e a enche de orgulho. “Chorei demais ao vê-lo tão bem. Nem sempre nosso trabalho é reconhecido. Saber que o que fazemos possibilita um resultado positivo é o que faz valer.”
Atendimento
Jeyder teve uma terceira parada dentro do Hospital de Base e a piora do quadro clínico. Ele seguiu para uma cirurgia cardíaca de emergência. Contabilizando as três paradas cardiorrespiratórias, foram 18 minutos sem respirar e 13 dias em coma.
Ao todo, desde o chamado ao Samu-DF até o fim da cirurgia, foram 90 minutos. “A rapidez e o preparo de toda a equipe que fez o primeiro socorro foi crucial para o Jeyder conseguir sobreviver. Eu estava supernervosa e o condutor me acalmava o tempo inteiro, sou muito grata a todos eles”, relatou Ana Emília.
“Encontros como esse, entre pacientes e equipes, emocionam e enchem o coração de todos de alegria”, celebrou a gerente de Atendimento Pré-Hospitalar do Samu-DF, Vanessa Rocha.
Da redação com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
Nenhum comentário