A fisioterapeuta Camylla Alvino, de 33 anos, foi acusada de furtar peças de roupa por uma funcionária de uma das lojas no DF. A Polícia C...
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga um caso de racismo ocorrido no interior de uma das lojas de material esportivo Centauro, no Distrito Federal. A fisioterapeuta Camylla Alvino, de 33 anos, foi acusada de furtar peças de roupa por uma funcionária do estabeleciemento. A Polícia Militar foi acionada e chegou a revistar a bolsa da cliente, mas nada foi encontrado.
Humilhada, Camylla registrou ocorrência na 9ª Delegacia de Polícia (Lago Norte). Segundo relatos da vítima, ela foi até a loja nessa nesta sexta-feira (1º/12) e experimentou um top. Indecisa sobre a compra, pediu para a vendedora reservar enquanto comparava preços em outra loja.
Com outros compromissos, Camylla decidiu que sairia do shopping e voltaria depois. No entanto, quando deixava a loja, foi abordada por uma funcionária da Centauro e por dois seguranças. Eles tinham a suspeita que a mulher tivesse furtado algumas roupas. A fisioterapeuta destacou a forma como a funcionária da loja a abordou.
“Ela falou assim: ‘não, é porque você saiu e no provador que você estava foram encontrados alguns lacres rompidos. A gente precisa conversar com você. Estão faltando algumas peças e você foi a última pessoa a sair do provador’. Aí, eu falei: ‘moça, você quer olhar a minha bolsa? Não tenho necessidade de roubar nada’. Ela falou: ‘não estou falando que você roubou’. E eu perguntei: ‘então você tá falando o que?’, relembrou.
Pouco depois, a Polícia Militar teria chegado ao local e pedido para revistar a bolsa da fisioterapeuta e, ao constatar que não havia nada, orientou a mulher a fazer um boletim de ocorrência. O caso foi registrado na 9ª Delegacia de Polícia Civil como discriminação racial, mas Camylla também vai buscar reparação judicial.
O que diz a Centauro
Em nota, a Centauro afirmou que está acompanhando de perto o episódio ocorrido em uma de suas lojas em Brasília. leia abaixo o posicionamento, na íntegra:
“Na sexta-feira, por volta de 17h. Uma colaboradora realizou uma abordagem indevida a uma cliente, indo contra uma orientação expressa do gerente responsável naquele momento.
Lamentamos o ocorrido e ressaltamos que esse comportamento não é prática da companhia. Por conta disso, a Centauro realizou a demissão da funcionária. Também já realizamos o contato com a cliente para ouvi-la e nos colocamos à disposição para tomar medidas adicionais.
A Centauro não tolera atos de discriminação e preconceito. A empresa reforçará os procedimentos e treinamentos internos, que visam assegurar que suas lojas sejam sempre um ambiente seguro, acolhedor e inclusivo para todos.”
Da redação com a fonte do site Metrópoles DF
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