“Imunização é eficaz para evitar a reinfecção pelo vírus”, diz a professora Marina Firmino, coordenadora dos cursos Biomedicina e Farmácia, ...
“Imunização é eficaz para evitar a reinfecção pelo vírus”, diz a professora Marina Firmino, coordenadora dos cursos Biomedicina e Farmácia, do UNICEPLAC
O Distrito Federal vai iniciar a imunização da população contra o vírus da dengue nesta sexta-feira (9/2). A expectativa é que as doses sejam entregues à Secretaria de Saúde na tarde desta quinta-feira (8) para que toda logística seja definida e as 36 unidades básicas de saúde (UBSs) escolhidas para aplicação da vacina recebam o material. Neste primeiro momento, o Governo do Distrito Federal (GDF) está preparado para atender o público-alvo de 10 a 14 anos. “A vacina da dengue é extremamente eficaz para evitar a reinfecção pelo vírus porque estimula as defesas naturais do corpo humano, prevenindo, assim, os casos de dengue grave, com risco de hospitalização”, explica a farmacêutica Marina Firmino, coordenadora dos cursos Biomedicina e Farmácia, no Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos (UNICEPLAC).
O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público e o DF está entre as unidades da Federação que serão contempladas com a primeira remessa.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), a Qdenga é uma vacina tetravalente que protege contra os quatro sorotipos do vírus da dengue – DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Feita com vírus vivo atenuado, ela interage com o sistema imunológico no intuito de gerar resposta semelhante àquela produzida pela infecção natural. O imunizante é indicado para pessoas de 4 a 60 anos e deve ser administrado em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre elas, independentemente de o paciente ter tido ou não dengue previamente. Como toda vacina de vírus vivo, a Qdenga é contraindicada para gestantes e mulheres que estão amamentando, além de pessoas com imunodeficiências primárias ou adquiridas e indivíduos que tiveram reação de hipersensibilidade à dose anterior.
Diagnóstico e tratamento
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Entre os sintomas mais comuns estão febre alta, fortes dores de cabeça, dor no corpo (músculos e articulações), fraqueza, náusea, vômito e dores abdominais. “Durante a fase febril pode ser difícil diferenciar a dengue de outras enfermidades, especialmente devido à sobreposição de sintomas comuns a várias doenças virais, como gripe, zika, chikungunya e outras infecções febris”, orienta a professora Marina.
Ela explica que o diagnóstico é feito pelo médico com base na anamnese do paciente. “Alguns exames laboratoriais podem ajudar neste diagnóstico. A pesquisa do Antígeno NS1, que demonstra a presença do vírus no sangue do paciente, é feita, geralmente, nos primeiros dias da doença, quando altas concentrações do vírus podem ser detectadas. Em seguida, temos as pesquisas dos anticorpos IgM e IgG. Estes marcadores ajudam a confirmar o diagnóstico e informam o médico sobre a fase da doença em que o paciente se encontra”, afirma a farmacêutica.
Já o tratamento da dengue envolve medidas de suporte para aliviar os sintomas e complicações, recomendando-se hidratação e repouso, além de dipirona ou paracetamol para controle da dor e febre, e monitoramento dos sintomas. “Importante: não podem ser utilizados anti-inflamatórios não esteroidais, como ibuprofeno, cetoprofeno e nimesulida, pois aumenta o risco de sangramento”, alerta a professora Marina.
No Distrito Federal, já são mais de 46.298 casos prováveis, segundo boletim médico divulgado na segunda-feira (5/2), pela Secretaria de Saúde (SES-DF). 11 óbitos pela doença foram confirmados.
Para prevenção, é fundamental manter o domicílio sempre limpo e estar atento ao acúmulo de água em locais abertos, evitando a proliferação de mosquitos.
Da redação do Portal de Notícias por Paulo Almeida da Ascom UNICEPLAC
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