Foto: Gabriel Orosco O Samu é um motivo de orgulho para o Brasil. O serviço é um exemplo de sucesso do SUS e demonstra a capacidade do sis...
O Samu é um motivo de orgulho para o Brasil. O serviço é um exemplo de sucesso do SUS e demonstra a capacidade do sistema público de saúde de oferecer serviços de qualidade à populaçãos
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) completa 20 anos neste sábado (27/04) como um símbolo de sucesso do Sistema Único de Saúde (SUS). Criado em 2004, o serviço alcança hoje 93% da população brasileira, graças à sua adaptação do modelo francês à realidade do país.
O Samu nasceu oficialmente em 27 de abril de 2004, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto 5.055 que institui o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em municípios e regiões do território nacional. O número 192 foi previsto para acionar o serviço em todo o país.
O SAMU faz parte da Política Nacional de Atenção às Urgências, de 2003, e foi decretado a nível nacional na Portaria n.º 1863/GM, em 29 de setembro do mesmo ano.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) tem se consolidado como um dos pilares essenciais da saúde pública no Brasil. Completando duas décadas de existência, o SAMU representa não apenas uma conquista do Sistema Único de Saúde (SUS), mas também um símbolo de eficiência e dedicação no atendimento pré-hospitalar.
Inspirado no modelo francês, o SAMU foi adaptado para a realidade brasileira, tornando-se uma peça fundamental da Política Nacional de Atenção às Urgências, estabelecida em 2003. Desde então, o serviço tem alcançado cerca de 93% da população do país, graças à sua estruturação e constante aprimoramento.
O SAMU opera 24 horas por dia, 7 dias por semana, sendo acessado através do número 192, e é composto por equipes capacitadas e veículos equipados para oferecer atendimento de qualidade em situações de urgência. Seu objetivo principal é garantir uma resposta rápida e eficaz após ocorrências que afetam a saúde das pessoas, sejam elas de natureza clínica, cirúrgica, traumática ou psiquiátrica.
Um dos aspectos mais marcantes do SAMU é a sua capacidade de adaptação às necessidades da população. Um exemplo disso é o SAMU do Distrito Federal, que se destaca por ser o único do país a contar com uma viatura adaptada para transportar pessoas com obesidade mórbida. Durante a pandemia de Covid-19, essa viatura tornou-se ainda mais essencial, visto que os obesos mórbidos estão entre os grupos de risco da doença.
Passadas duas décadas, o Samu alcança 187,2 milhões de pessoas em 3,9 mil municípios, segundo o Ministério da Saúde, o que equivale a cerca de 92% da população – graças a algumas mudanças feitas no modelo francês que serviu de referência na implementação do serviço, como, por exemplo, o uso de motocicletas no atendimento a partir de 2008.
Em Sergipe, 85% dos atendimentos são feitos com as chamadas “motolâncias”, com tempo de resposta de até dez minutos a partir de uma das 40 bases, segundo o superintendente do Samu no estado, Denison Pereira. “Em 1998, havia duas ambulâncias do Corpo de Bombeiros em todo o estado; hoje eles contam com cinco, enquanto o Samu utiliza 43 Unidades de Suporte Básico (USB) e 16 EUA, além de quatro motos por base”, acrescenta o enfermeiro.
Já as “ambulanchas” são utilizadas em regiões como a Amazônia e partes do litoral fluminense para atender comunidades ribeirinhas e costeiras. Na capital amazonense, quatro lanchas dão suporte a comunidades rurais localizadas a até 100 quilômetros da cidade pelo rio Negro e rio Amazonas. “Nesta última estimativa histórica de lidar com bolsas de comunidades isoladas, sendo impossível chegar até elas pela água”, conta Ellen Assunção, enfermeira coordenadora do Samu de Manaus.
Um serviço essencial para salvar vidas
O Samu 192 é gratuito e funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. Através da ligação para o número 192, a população pode acionar o serviço e receber atendimento pré-hospitalar em situações de urgência e emergência. Seu objetivo principal é garantir uma resposta rápida e eficaz após ocorrências que afetam a saúde das pessoas, sejam elas de natureza clínica, cirúrgica, traumática ou psiquiátrica.
As equipes do Samu são compostas por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem treinados para realizar os primeiros socorros e estabilizar pacientes em situações críticas. O serviço conta com ambulâncias, motolâncias, ambulanchas e até mesmo helicópteros para garantir o atendimento rápido e eficiente em todo o país.
Um marco na história do SUS
O Samu representa um marco na história do SUS, pois demonstra a capacidade do sistema público de saúde de oferecer serviços de qualidade à população. O serviço é fundamental para salvar vidas e reduzir o sofrimento das pessoas em momentos de crise.
A prioridade é prestar o atendimento à vítima no menor tempo possível, inclusive com o envio de médicos conforme a gravidade do caso. As unidades móveis podem ser ambulâncias, motolâncias, ambulanchas ou aeromédicos, conforme a disponibilidade e necessidade de cada situação, sempre no intuito de garantir a maior abrangência possível.
Desafios e perspectivas para o futuro
Apesar dos avanços conquistados nos últimos 20 anos, o Samu ainda enfrenta alguns desafios. A falta de recursos financeiros e a precariedade das condições de trabalho dos profissionais são alguns dos principais problemas. Em São Paulo, por exemplo, a redução no número de bases de atendimento e a falta de renovação da frota de ambulâncias têm gerado preocupações entre os profissionais e a população.
É importante que o governo continue investindo no Samu para garantir que o serviço continue a oferecer atendimento de qualidade à população brasileira. O Samu é um serviço essencial que salva vidas e deve ser cada vez mais fortalecido.
Apesar dos obstáculos, o SAMU continua sendo um dos maiores exemplos de sucesso do SUS, destacando-se pela sua capacidade de salvar vidas e oferecer suporte às pessoas nos momentos mais críticos.
Ao completar 20 anos, o SAMU reafirma o seu compromisso com a saúde e o bem-estar da população brasileira, mostrando que, com dedicação e investimento adequado, é possível construir um sistema de saúde público eficiente e acessível a todos.
Da redação do Portal de Notías
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