Sara Lima foi selecionada para a etapa internacional do Fulbright DAI. A paixão pela excelência no ensino e pelo aprendizado de idiomas levo...
Sara Lima foi selecionada para a etapa internacional do Fulbright DAI.
A paixão pela excelência no ensino e pelo aprendizado de idiomas levou a professora de inglês da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) Sara Lima até a etapa internacional, e última, do Programa de Aperfeiçoamento para Professores de Língua Inglesa Fulbright DAI, do Departamento de Estado dos Estados Unidos. A candidatura da professora foi selecionada entre mais de 40 inscrições. Os aprovados em todas as etapas do programa participarão de um curso de aperfeiçoamento de cinco meses nos EUA com todas as despesas pagas.
Sara ingressou na secretaria em 2013, dedicando-se inicialmente ao ensino regular no 6º e 7º anos no CEF 25 de Ceilândia. Em seguida, movida pelo desejo de aprimorar as habilidades e contribuir ainda mais para a inclusão social, Sara fez o teste de aptidão e iniciou a trajetória como professora dos Centros Interescolares de Línguas (CILs), onde atuou em diversas unidades, incluindo Ceilândia, Guará, Paranoá e, atualmente, no Plano Piloto.
Em 2018, novos objetivos surgiram quando Sara tomou conhecimento do Programa Fulbright DAI e viu na iniciativa uma oportunidade de aprimorar práticas pedagógicas e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. O processo de seleção para o Fulbright DAI foi desafiador, mas a paixão pela educação e a perseverança foram fundamentais para a superação de cada etapa.
A temática “inclusão”, que precisava estar no projeto de inscrição, despertou o interesse da professora. “Sou apaixonada pelo assunto. Todos os cursos que já fiz permeiam essa área. Amei escrever um pré-projeto sobre isso. Desenvolvê-lo durante um semestre em uma faculdade americana, trocando ideias com docentes intercambistas de outros países, seria maravilhoso”, conta.
Na etapa nacional, composta por três fases, Sara foi avaliada pelo formulário com a descrição do projeto que deseja desenvolver nos EUA e sua relevância para comunidade escolar, por uma prova de proficiência TOEFL e por uma entrevista.
Na etapa internacional, os candidatos serão avaliados com base na experiência educacional, acadêmica e profissional, além da pertinência e impacto do projeto inscrito.
Agora, na etapa internacional, os candidatos serão avaliados com base na experiência educacional, acadêmica e profissional, além da pertinência e impacto do projeto inscrito. O resultado desta etapa será divulgado em dezembro de 2024.
Projeto
O projeto da professora, intitulado Monitoria como instrumento que pode melhorar a confiança no processo de aprendizagem enquanto diminui a evasão nos CILs, visa implementar a monitoria entre pares como estratégia para reduzir a evasão escolar. A evasão nos CILs está frequentemente relacionada à baixa autoestima e à dificuldade em acompanhar o ritmo das aulas. Com a monitoria entre pares, onde alunos mais experientes auxiliam os colegas com menos conhecimento, Sara oferece uma solução para esses desafios.
Com a participação no intercâmbio, caso passe pela etapa internacional, ela espera aperfeiçoar o serviço de monitoria que já existe no CIL, onde ela leciona. Para Sara, o ensino de línguas é fundamental para o desenvolvimento individual e profissional dos estudantes.
“Dominar uma ou mais línguas abre portas para novas oportunidades, especialmente para jovens em situação de vulnerabilidade social”, afirma. A professora também destaca o papel das línguas como ferramenta de interculturalidade e tolerância. “Viajar e conhecer outras culturas nos torna mais humanos e nos ajuda a construir um mundo mais inclusivo e tolerante”, ressalta.
Paixão pela sala de aula
Sara começou a exercer o magistério ainda na faculdade, quando, mesmo sem o diploma, já lecionava línguas. Ela afirma que os mestres que teve ao longo da vida foram grandes motivadores para o desenvolvimento da paixão pelo ensino e aprendizado. A professora lembra que tinha dificuldades de concentração e que os professores não desistiram de fazê-la aprender.
“Naquela época não se falava em psicopedagogia e eu não entendia porque não aprendia. Adquirir uma língua também não foi um processo fácil. Os professores que me deram a mão, que acreditaram em mim”, destaca.
Já na vida profissional, a docente chegou a ter experiências como gestora, sendo coordenadora pedagógica e vice-diretora, mas é dentro das salas de aula que ela se sente mais realizada.
“Acho que é o lugar a que eu pertenço. É lá que me encontro, que sou mais criativa, mais necessária à comunidade escolar, é onde vou deixando meu legado. Mas, certamente a coordenação e vice-direção me fizeram uma professora e servidora melhor”, constata.
Da redação do Portal de Notícias com informações da Secretaria de Educação
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