Foto: Carolina Curi (estagiária)/Agência CLDF Em comissão geral realizada nesta quinta-feira (08), a CLDF discutiu o contexto atual e o futu...
Em comissão geral realizada nesta quinta-feira (08), a CLDF discutiu o contexto atual e o futuro da Estação Ecológica de Águas Emendadas (Esecae). O deputado Gabriel Magno (PT) propôs e presidiu o debate, que contou com a participação de especialistas e cidadãos.
A Esecae é um dos acidentes geográficos mais expressivos do País, conforme descreve o Instituto Brasília Ambiental (Ibram-DF), com uma nascente de águas que correm em direções opostas. Trata-se de uma das principais reservas naturais do Distrito Federal: a união de duas grandes bacias da América Latina — a Tocantins/Araguaia e a Platina — em uma vereda de 6 km de extensão que a torna central para todo o continente.
“Assim como o Paraná tem a Foz do Iguaçu, assim como Maranhão tem os Lençóis Maranhenses, o DF tem Águas Emendadas”, declarou Marcelo Benini à mesa da comissão, representando a organização da sociedade civil Guardiões de Águas Emendadas.
Apesar da relevância, Gabriel Magno (PT) denuncia que na região, especialmente na área de amortecimento, há “pulverização de agrotóxico por via aérea, contaminando as águas, os lençóis e as pessoas”. Por isso, ele argumenta que “precisamos trazer a luz o debate e mobilizar o poder público para proteger este espaço, que hoje está sob risco”. Também compareceu ao evento a deputada federal Erika Kokay (PT), que endossou as críticas. Ela defendeu que a preservação deve ser a premissa de qualquer intervenção. “Não se pode permitir que sequem as veredas ou o próprio solo”. Completou ainda que o Governo do Distrito Federal (GDF) “tem leniência com a grilagem”.
Como encaminhamentos da comissão, estabeleceu-se a necessidade de cobrar os órgãos competentes do GDF e os de controle; instaurar a Frente Parlamentar em Defesa das Bacias Hidrográficas do DF; aprovar projeto de lei para regular o uso dos agrotóxicos; defender a nomeação de auditores fiscais de controle ambiental, lutar pela ampliação do orçamento da área ambiental, entre outras medidas.
Apesar da preocupação, Bernardi aponta esperanças, como os experimentos que seu grupo de pesquisa realiza para captar o mercúrio e direcioná-lo para longe do corpo d’água. Alternativas também apareceram na fala de Adonilton Rodrigues, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). O movimento tem um assentamento na região, onde produzem e agem “não só para nosso sustento, mas também para diversas formas de vida, como a dos animais”.
Representante do Ibram, o administrador da Estação Ecológicas Águas Emendadas, Gesisleu Darc Jacinto, traçou um caminho para respostas. “Quando a gente fala de defesas de Águas Emendadas, a gente tem que começar a pensar o que fazemos a partir do nosso próprio comportamento, o que fazemos como sociedade com nossos resíduos e quais são nossas ações em prol do meio ambiente”.
Da redação do Portal de Notícias com a fonte da Agência CLDF
Carlindo Medeiros
https://www.cladvocaciadf.com.br/
Carlindo Medeiros, mora no DF e Entorno desde agosto de 1981 é Advogado, Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior, Atuando há 5 anos como Advogado, Advogado Defensor Dativo No Entorno de Brasília pelo Defensoria Pública de Goiás, Bacharel em Ciência da Computação, Pós-graduado em Analise de Sistema e Telecomunicações. Foi professor da Secretaria de Educação do DF, foi Servidor concursado da CAESB de 1991 até 1997, trabalhou no Ministério da Saúde Como Técnico e Analista de 2007 até 2014, Trabalhou no INEP de 2014 até 2015 como Analista, Professor do Colégio e Faculdade JK do Gama e Asa Norte de 1999 até 2003. Jornalista, é editor do Portal de Notícias Lei & Política.
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