No Dia do Adolescente, comemorado em todo o Brasil neste sábado (21/9), são lembrados cuidados como acompanhamento psicológico e vacinação. ...
No Dia do Adolescente, comemorado em todo o Brasil neste sábado (21/9), são lembrados cuidados como acompanhamento psicológico e vacinação.
Formado por pessoas de 10 a 19 anos, a adolescência é a fase que marca a passagem da infância para a vida adulta. Durante esse período, as pessoas experimentam grandes transformações físicas, emocionais e psicológicas. Por isso, ao celebrar o Dia do Adolescente, comemorado neste sábado (21/9), em todo o Brasil, é fundamental lembrar da importância do cuidado com a saúde nesta fase.
Lírica Salluz Pereira, diretora de Gestão da Integralidade do Cuidado da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), afirma que essa é uma fase peculiar de desenvolvimento e, portanto, o adolescente necessita de um cuidado integral que inclua os aspectos biológicos, psicológicos, comportamentais e sociais.
“Dentro do sistema público, temos serviços para atender essa população. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) oferecem atendimento e acompanhamento em todos os aspectos. São realizadas ações de promoção à saúde, prevenção de doenças, bem como alguns tratamentos, caso esse jovem necessite”, afirma Lírica Salluz.
“Além disso, as UBS realizam encaminhamentos para a atenção especializada ou hospitalar se a condição de saúde necessitar”, complementa a diretora de Gestão da Integralidade do Cuidado da SES-MG.
Lírica afirma ainda que acolher, escutar e dar voz ao adolescente é essencial para garantir seu desenvolvimento saudável e promover uma sociedade mais inclusiva. A comunicação com o adolescente deve ser envolvente, acessível e reconhecer seus desafios e desejos. Abordar temas como saúde mental, autocuidado, nutrição, imunização, atividade física e relações saudáveis pode ressoar fortemente, desde que feito com uma linguagem direta e inclusiva.
“Além disso, os serviços de saúde devem oferecer apoio aos familiares. Os responsáveis pelos adolescentes devem ser orientados a escutar esse jovem, a dar atenção, mantendo-se próximos dos seus filhos nesse processo de desenvolvimento”, observa Lírica.
Serviços
As UBS são a porta de entrada para receber as demandas de saúde do adolescente, oferecendo atividades de promoção, prevenção e assistência à saúde.
“O adolescente não precisa procurar o serviço de saúde somente em situações de adoecimento. Ele pode procurar as unidades para receber orientações, participar de atividades grupais e educativas, tirar dúvidas, se vacinar, ser acolhido em suas necessidades psicossociais e físicas”, afirma Lírica Salluz.
As Unidades Básicas de Saúde pertencem à rede municipal. Assim, cada cidade tem uma organização do seu serviço. Para conhecer as atividades e tipos de atendimentos ofertados na UBS da sua cidade, é necessário procurar a Equipe de Saúde da Família responsável pela localidade da sua residência.
As UBS oferecem os principais serviços para acolhimento e atendimento do público adolescente, com atendimentos de demanda programada (agendado), atendimentos agudos de menor gravidade, imunizantes (vacinas), métodos contraceptivos, testes de gravidez e testes rápidos para detecção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Essas unidades também promovem atividades em grupo, parcerias e ações intersetoriais, conforme os serviços localizados em suas regiões, mas não são os únicos pontos de atenção. Os adolescentes podem contar também com os serviços de assistência social, educação, cultura e esporte, centros e associações comunitárias, organizações não-governamentais (ONGs), entre outras.
Vacinas para adolescentes
A vacinação é a melhor maneira de proteger os adolescentes contra doenças imunopreviníveis. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina contra o vírus HPV para meninas e meninos de 9 a 14 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias).
Outra vacina disponível nos postos de saúde para os adolescentes de de 11 e 14 anos de idade, a depender a situação vacinal, é a Meningocócica ACWY (Conjugada), que protege contra a doença meningocócica causada pelos sorogrupos A, C, W e Y.
Atualmente a cobertura vacinal contra a HPV em Minas Gerais está abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde. Segundo o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações, apenas 41,37% dos meninos e 68,96% das meninas se vacinaram com as duas doses. Já a cobertura vacinal acumulada (2019 a 2022) da vacina ACWY em Minas Gerais está em 76,50%. A meta recomendada para a vacina HPV e ACWY é de 80%.
Da redeação do Portal de Notícias
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