Foto: Eurico Eduardo/Agência CLDF O deputado Jorge Vianna ressaltou que o acesso à saúde pública "se dá com todos os profissionais de s...
O deputado Jorge Vianna ressaltou que o acesso à saúde pública "se dá com todos os profissionais de saúde, e não apenas por meio de nossos colegas médicos”.
Em comemoração ao Dia Nacional do Biomédico, celebrado em 20 de novembro, a Câmara Legislativa do DF realizou, nesta segunda-feira (18), uma sessão solene para homenagear os profissionais da área. O evento, de iniciativa do deputado Jorge Vianna (PSD), reuniu representantes da categoria, membros da academia e entusiastas da profissão.
Vianna relatou a dificuldade enfrentada pela classe para conseguir se consolidar em meio a outras funções ligadas à saúde. Para o deputado, os biomédicos “conquistaram a duras penas” o direito de poder exercer sua atividade de forma plena e sem interferência de outras categorias.
“Médicos possuem uma força política muito superior, talvez isso explique por que a gente não consegue avançar em muitas pautas. Não queremos usurpar atribuição alheia, queremos apenas exercer nossas competências conforme nossas matrizes curriculares. Acesso à saúde pública se dá com todos os profissionais de saúde, e não apenas por meio de nossos colegas médicos”, ponderou Vianna.
Para demonstrar seu ativismo em prol das profissões ligadas à área da saúde, o distrital mencionou duas leis de sua autoria recentemente aprovadas, a Lei nº 7.132/2022, que garante o direito à meia-entrada aos profissionais da saúde na aquisição de ingressos para eventos artísticos, culturais, cinematográficos e desportivos e a Lei nº 7.530/2024, que assegura possibilidade de prescrição de medicamentos por enfermeiros no DF.
O profissional
A capacitação contínua do profissional de biomedicina, na visão da doutora em patologia molecular Izabel Cristina, é crucial para que ele possa oferecer à população o que há de mais atualizado cientificamente. “A gente espera do biomédico que ele atue com a melhor evidência científica, considerando o melhor tratamento e melhor diagnóstico para o paciente”, ponderou.
Participantes comentaram que a classe ainda sofre com o desconhecimento de suas atribuições por parte da população, pois ainda há uma certa confusão com relação à diferença entre biomédicos, biólogos, farmacêuticos e enfermeiros.
Fabiana Brandão, da Associação dos Biomédicos do Distrito Federal (ABM - DF), comentou sobre sua paixão pela profissão. Para ela, a luta por reconhecimento e pelo fortalecimento passa pela “atuação de excelência” desempenhada pelos biomédicos e pela mobilização instituições como associações, conselhos e sindicatos da categoria. “Biomédico é sinônimo de excelência. A gente luta muito, nossa classe é muito sofrida e, ao mesmo tempo, é muito qualificada. Nosso DNA é de luta”, desabafou.
Brandão aproveitou a oportunidade para cobrar a reabertura de uma faculdade pública de biomedicina no DF. Segundo informou, Brasília dispunha de um curso que era ofertado pela UnB, mas que foi extinto. “A gente precisa de um curso público de biomedicina. Temos oito faculdades privadas e eu sempre bato na tecla da força política, científica e tecnológica que o curso público vai trazer para o DF”, afirmou.
Da redação do Portal de Notícias com a fonte da Agência CLDF
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