Diversas atividades educativas e culturais são promovidas ao longo do ano letivo para fortalecer o convívio social e a identidade dos estuda...
Diversas atividades educativas e culturais são promovidas ao longo do ano letivo para fortalecer o convívio social e a identidade dos estudantes.
As escolas estaduais de Minas estão promovendo, entre os dias 20 e 24 deste mês, a Semana de Educação para a Vida, um evento previsto pela Lei Federal nº 11.988/2009, destinado às escolas públicas de ensino fundamental e médio de todo o país. A semana coincide com a celebração do Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, data que homenageia Zumbi dos Palmares, símbolo da luta pela liberdade e igualdade racial.
A semana tem como objetivo organizar e divulgar projetos desenvolvidos ao longo do ano, com uma abordagem curricular multidisciplinar que integra temas transversais, como a igualdade racial e a conscientização ambiental. O foco é enriquecer a formação dos estudantes, levando em consideração suas experiências e contextos socioculturais.
Segundo as orientações enviadas pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) aos diretores e equipes escolares, as atividades devem estar alinhadas ao Projeto Político-Pedagógico e ao currículo da escola.
Essas ações propostas devem envolver a participação ativa de professores, estudantes e da comunidade escolar, e estão alinhadas ao Projeto Político-Pedagógico de cada instituição. Entre as iniciativas destacam-se o Programa de Convivência Democrática, a Educação das Relações Étnico-Raciais, a Educação Ambiental, além de temáticas como Juventude e Saúde na Escola.
Ações nas escolas
No contexto dessas atividades, a Escola Estadual Sebastião Alves da Cruz, em Teófilo Otoni, organizou a II Feira de Narrativas e Ancestralidades, evento dedicado à valorização das tradições culturais e ao resgate do conhecimento ancestral. Durante a feira, diversas ações permitiram aos estudantes e à comunidade se reconectarem com o passado, resgatando práticas e saberes de diferentes povos e gerações.
“A primeira Feira de Narrativas e Ancestralidade da escola aconteceu em 2023 e desde então gerou-se uma grande expectativa para a segunda edição. As ações foram pensadas considerando as vivências dos alunos e o cenário que os cerca”, afirma Jamile Santos professora de Língua Portuguesa e Práticas Comunicativas.
Entre as atrações da feira, destacam-se a Amostra de Objetos Antigos, as Réplicas de Cenários das Vivências Ancestrais e a Maquete de Casinha de Taipa, que proporcionaram uma experiência visual e sensorial do cotidiano ancestral.
O Mural de Memórias e o Mural de Crenças e Crendices destacaram saberes populares, enquanto o Varal de Cartas trouxe depoimentos pessoais sobre as raízes culturais. Além disso, foram realizadas Entrevistas e Contação de Causos com os Ancestrais, promovendo uma troca rica de histórias e saberes.
O evento também contou com um desfile que exaltou a diversidade cultural brasileira. A abertura foi marcada pela apresentação das turmas do 6º e 7º anos do ensino matutino, que cantaram a música Canto das Três Raças, de Clara Nunes. O desfile foi encerrado com uma celebração da miscigenação brasileira e da beleza das diferentes culturas que compõem o país.
“Desde a primeira edição, é notável a melhora na autoestima dos alunos”, observa Jamile. “Nesta semana, ao realizar uma autoavaliação com as turmas, muitos relataram como se sentem ao participar do desfile. Inicialmente tímidos, ao final do evento, eles estavam eufóricos e felizes por terem superado a vergonha”, conclui.
Essa iniciativa não apenas amplia o repertório cultural dos alunos, mas também fortalece sua autonomia, incentiva a leitura e promove o protagonismo estudantil. A integração das áreas de Língua Portuguesa, História, Geografia, Educação Física, Artes, Inglês e Práticas Comunicativas contribui para a formação de uma visão mais ampla e respeitosa sobre a diversidade cultural e social.
Da redação do Portal de Notícias
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