Centro de Excelência será focado em pesquisas para conter os impactos das mudanças climáticas na região. A Universidade Estadual de Montes ...
Centro de Excelência será focado em pesquisas para conter os impactos das mudanças climáticas na região.
A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) receberá um investimento de R$ 20 milhões da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) para a criação do Centro de Excelência do Semiárido (Sertão), projeto inovador de desenvolvimento de soluções tecnológicas e científicas para a região semiárida.
Um marco para a pesquisa e inovação do semiárido
O Centro de Excelência do Semiárido será focado em pesquisas que busquem mitigar os impactos das mudanças climáticas, combater a desertificação e promover o desenvolvimento sustentável da região. A proposta, aprovada nesta semana, foi formalizada em março de 2024, durante uma visita do presidente da Fapemig à Unimontes.
O Sertão atuará nas áreas de Agroeconomia, Bioeconomia, Biotecnologia, Biodiversidade, e também em tecnologias emergentes como Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT), aplicando esses conhecimentos às peculiaridades do semiárido brasileiro.
Para a pró-reitora de Pesquisa da Unimontes, Maria das Dores Veloso, a criação do Sertão representa uma grande oportunidade para a universidade, especialmente para os pesquisadores da região. "Este é um marco para o Norte de Minas e para toda a comunidade acadêmica. O Sertão vai reunir diversos campos do conhecimento e promover uma verdadeira sinergia entre a ciência, a inovação e as necessidades do semiárido", destacou Veloso.
Potencial transformador
O coordenador do Centro de Excelência do Semiárido, Allysson Steve Mota Lacerda, ressaltou que o projeto busca se tornar a principal referência em pesquisas sobre o semiárido até 2030, com foco no desenvolvimento de soluções tecnológicas que envolvam a utilização sustentável dos recursos naturais e a recuperação de áreas degradadas.
"A combinação de tecnologias, como IA e IoT, com áreas como agroeconomia e biodiversidade, permitirá o desenvolvimento de soluções práticas e inovadoras para os desafios da região", destacou o coordenador.
Parcerias e impacto regional
O reitor da Unimontes, Wagner de Paulo Santiago, comemorou a aprovação do projeto e agradeceu à Fapemig pelo apoio contínuo à universidade. "Esta é uma grande oportunidade para os nossos pesquisadores e pesquisadoras mostrarem a excelência que temos na Unimontes. E são muitas as áreas em que nos destacamos. A Fapemig tem nos apoiado de forma constante e sem hesitação".
O Sertão também será responsável por promover a integração entre diferentes atores sociais e econômicos, incluindo prefeituras, empresas e organizações não governamentais. Essa articulação será essencial para garantir que as soluções criadas pelo Sertão atendam às necessidades da população local e possam ser aplicadas, em larga escala, impactando positivamente a vida das pessoas e o meio ambiente.
Com as atividades previstas para começar ainda neste ano, o Centro de Excelência do Semiárido terá como primeiros passos a seleção de bolsistas e a organização de programas de pré-aceleração de projetos, capacitações e eventos para a comunidade acadêmica. Para 2025, já estão sendo planejados programas que envolverão a formação de novas soluções tecnológicas, visitas técnicas e o desenvolvimento de novos negócios inovadores.
Da redação do Portal de Notícias
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