A Gerência Regional de Saúde (GRS) de Pedra Azul, por meio da Coordenação de Redes de Atenção à Saúde, realizou no dia 31/10, no auditório D...
A Gerência Regional de Saúde (GRS) de Pedra Azul, por meio da Coordenação de Redes de Atenção à Saúde, realizou no dia 31/10, no auditório Dr. Gilberto Campos de Oliveira, o XIII Colegiado Gestor Regional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, com foco no tema "Diretrizes e Fluxo de Atendimento às Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas Redes de Atenção à Saúde".
O encontro reuniu gestores de saúde, coordenadores de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), referências técnicas de saúde mental e de saúde mental hospitalar, além de representantes da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), e equipes multiprofissionais de diversas áreas.
O evento teve como um dos principais objetivos fortalecer as diretrizes para o cuidado de pessoas com TEA e definir estratégias de atendimento adequadas para as diferentes realidades dos municípios da região. Anna Irene Matos Malta, coordenadora do Serviço de Reabilitação da Deficiência Intelectual (SERDI), compartilhou experiências de gestão do serviço, destacando a importância de uma abordagem integrada. “Realizamos reuniões de matriciamento nos pontos de atenção para entender as demandas dos usuários. Antes, esses atendimentos eram centralizados no CAPS infanto-juvenil, mas agora visamos ampliar o serviço de acordo com as necessidades locais”, explicou Anna Irene.
Daniel Ewerton Mendes, profissional de educação física, abordou a relevância das oficinas terapêuticas planejadas para estimular habilidades e promover a inclusão dos usuários. "As atividades precisam ser pedagógicas, mas prazerosas também", afirmou, destacando que o planejamento dessas oficinas considera as necessidades e habilidades individuais dos participantes, para criar um ambiente que valorize a ludicidade e o pertencimento.
Daniela Mendes, referência técnica regional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas da CRAS da GRS Pedra Azul, apresentou a Nota Técnica SES/MG nº 2, que estabelece diretrizes para o atendimento de pessoas com TEA, detalhando as competências dos serviços da Rede de Atenção à Saúde. Daniela enfatizou a importância da organização territorial dos pontos de atenção e da construção de Projetos Terapêuticos Singulares para cada usuário. “Os serviços têm encontrado desafios na assistência às pessoas com TEA. Por vezes é preciso darmos um passo atrás para rever as nossas metodologias de cuidado e tecnologias de tratamento, para assim permitir construir novos saberes que vão de encontro às necessidades dos pacientes, evidenciadas por eles mesmos”, comentou.
O evento também promoveu uma roda de conversa entre os participantes, na qual foram discutidas as fragilidades da assistência atual e os caminhos para fortalecer a organização do atendimento no território.
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