Laboratório de Histocompatibilidade funcionará durante o último terço de cada mês, 24 horas por dia, para garantir a agilidade necessária às...
Laboratório de Histocompatibilidade funcionará durante o último terço de cada mês, 24 horas por dia, para garantir a agilidade necessária às demandas urgentes dos transplantes.
O Laboratório de Histocompatibilidade (HLA) da Fundação Hemominas vem realizando o atendimento dos testes pré-transplantes de órgãos sólidos. Exames de tipagem HLA (Antígeno Leucocitário Humano) em regime de urgência para doadores falecidos, processo crítico para o ranqueamento dos receptores de órgãos sólidos, são feitos pela equipe do HLA, que divide o fluxo com outros dois laboratórios em Minas Gerais.
Felipe Brito, responsável técnico pelo HLA, explica que a Hemominas realizará os exames durante o último terço de cada mês (21 a 30/31), com funcionamento do laboratório 24 horas por dia, sete dias por semana, para garantir a agilidade necessária às demandas urgentes dos transplantes.
“Diferente dos Transplantes de Células-Tronco Hematopoéticas, os transplantes de órgãos sólidos (rim, pâncreas, coração) apresentam um fluxo que demanda extrema urgência, principalmente quando se trata de uma captação de um doador falecido. Por isso, a realização destes exames pré-transplantes precisa ser feita por laboratórios que nesta escala”, pontuou o responsável pelo HLA da Fundação Hemominas.
Até julho deste ano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), os exames prévios ao transplante de órgãos sólidos eram realizados somente por dois laboratórios privados da rede de saúde complementar.
Na Zona da Mata, o serviço é prestado pelo hospital filantrópico Santa Casa. Um outro laboratório privado atende o Triângulo Mineiro.
Centro de excelência
Desde a integração ao Sistema Nacional de Transplantes (SNT), em 2013, o Laboratório de HLA trabalha para contribuir para o atendimento às demandas de testagem na área de histocompatibilidade.
Nesse sentido, no decorrer desses anos foram incorporados fluxos de atendimentos a doadores voluntários, pacientes e seus prováveis doadores para TCTH (TCTH - Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas) aparentados coletados em todas as unidades da Fundação Hemominas.
Felipe Brito destaca que, em 2023, a equipe do HLA alcançou importantes marcos, incluindo a realização de 18,5 mil exames HLA para o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), cumprindo 100% da meta estabelecida; atendimento a 350 famílias, com a execução de aproximadamente 4 mil testes de compatibilidade para transplantes alogênicos de medula óssea.
Também ocorreu a aquisição e validação de um sistema de Sequenciamento de Nova Geração (NGS), além de melhorias no parque tecnológico do laboratório, estabelecimento de parcerias técnicas e a implantação de um sistema informatizado para tipificação HLA, testes de anticorpos anti-HLA, provas cruzadas de linfócitos necessárias aos TCTH e órgãos sólidos.
“Essas ações refletem nosso compromisso em atender às crescentes demandas e em consolidar o Laboratório de Histocompatibilidade da Fundação Hemominas como um centro de excelência em imunogenética. Continuaremos trabalhando para oferecer serviços de alta qualidade, com foco no apoio diagnóstico pré e pós-transplantes, pesquisa e desenvolvimento na área de Histocompatibilidade”, finalizou Felipe Brito.
HLA
Antígeno Leucocitário Humano (HLA) é um sistema de antígenos (proteínas) presentes nas células do sistema imunológico humano. Esses antígenos são responsáveis por identificar as células do próprio organismo e distinguir das células estranhas, como bactérias e vírus. O HLA desempenha um papel crucial na resposta imunológica do corpo, ajudando a combater infecções e doenças.
Além disso, o sistema HLA também está envolvido em processos como a rejeição de transplantes de órgãos e a suscetibilidade a certas doenças autoimunes.
O teste de compatibilidade HLA é realizado para determinar a compatibilidade entre doador e receptor em transplantes de órgãos ou medula óssea, sendo um fator determinante para o sucesso de um transplante, pois minimiza o risco de rejeição. A compatibilidade sanguínea é primordial em todos os casos.
Da redaçãodo Portal de Notícias
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