Estudantes da Escola Estadual Indígena Capitãozinho Maxakali, em Bertópolis, iniciaram o ano letivo de 2025 em prédio reformado. O Governo ...
Estudantes da Escola Estadual Indígena Capitãozinho Maxakali, em Bertópolis, iniciaram o ano letivo de 2025 em prédio reformado.
O Governo de Minas está reformando 13 Escolas Estaduais Indígenas Maxakali no Vale do Mucuri, com o objetivo de proporcionar segurança, conforto e uma infraestrutura mais moderna para os estudantes da região.
A primeira unidade reformada e entregue é o prédio Guigui, da Escola Estadual Indígena Capitãozinho Maxakali, em Bertópolis, no Vale do Mucuri. Com a conclusão das melhorias, os estudantes iniciaram o ano letivo de 2025 em um espaço totalmente renovado.
As obras, realizadas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), reforçam o compromisso do estado com a valorização da educação e da cultura indígena.
As unidades beneficiadas estão localizadas nos municípios de Ladainha (duas escolas), Teófilo Otoni (uma escola no distrito de Topázio), Santa Helena de Minas (seis escolas) e Bertópolis (quatro escolas).
O investimento total nas obras é de aproximadamente R$ 10 milhões, com início das intervenções em maio de 2024 e previsão de conclusão em até dois anos.
"Nosso compromisso é transformar a realidade dos mineiros, oferecendo ambientes mais seguros e modernos, seja nas escolas, unidades de saúde ou outros serviços essenciais. Cada obra efetiva o compromisso de melhorar a qualidade de vida da população e contribuir para o desenvolvimento em todo o estado", afirmou o secretário da Seinfra, Pedro Bruno.
Para o secretário de Estado de Educação, Igor de Alvarenga, as reformas nas escolas indígenas são um passo importante na valorização da educação e na promoção da inclusão social.
"Estamos empenhados em transformar não apenas os prédios, mas também a realidade educacional dos nossos jovens indígenas. Um espaço adequado para aprendizagem é essencial para preservar a identidade cultural das comunidades e garantir que os saberes tradicionais sejam mantidos e respeitados", afirma Igor de Alvarenga.
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Entrega
A Escola Estadual Indígena Capitãozinho Maxakali passou por diversas melhorias estruturais como reforma do telhado, banheiros, pintura, troca da rede hidráulica, novas lousas, cozinha com novos revestimentos, construção de fossa séptica, piso em concreto e um muro ao redor do prédio.
“A nova estrutura, além de oferecer um ambiente agradável para aprender, traz mais segurança e bem-estar aos estudantes, um incentivo a mais para estar na sala de aula. É um novo ânimo para toda a comunidade escolar: pais, alunos e educadores”, destacou o diretor Nilson Ferreira dos Santos.
Marilton Maxakali, professor e ex-aluno da escola, comemorou as melhorias. “Antes, o chão do pátio era de terra e agora está calçado. A escola está mais segura com a construção do muro, os banheiros estão novos, assim como as salas e a secretaria. ‘Yã Mai’, que significa muito bom”, avaliou.
Mais reformas em andamento
As obras seguem avançando. Em Bertópolis, estão em reforma os prédios Manoel Damásio e Reginaldo. Já em Santa Helena de Minas, as melhorias nas escolas Joviel e Badé também já estão em andamento.
As intervenções têm o objetivo de preservar as edificações escolares e proporcionar ambientes que garantam a continuidade dos saberes tradicionais das comunidades Maxakali, contribuindo para a manutenção de sua história e cultura.
"Essas escolas tinham uma estrutura defasada e, agora, estamos colocando wi-fi e outras melhorias, como muros, telhado, pintura. É muito importante destacar que a mão de obra muitas vezes é indígena, o que contribui para o fomento local", destaca a subsecretária de Edificações da Seinfra, Débora Dias do Carmo.
Educação Escolar Indígena
A Secretaria de Estado de Educação assegura as especificidades no atendimento ao estudante da Educação Escolar Indígena, garantindo uma matriz curricular específica, que respeita a língua, cultura e tradições da etnia que a comunidade pertence.
A rede estadual conta atualmente com 25 escolas indígenas, que se desdobram em diversos anexos e turmas vinculadas.
Além delas, há seis anexos de escolas não indígenas que atendem esses povos originários, localizados em 17 municípios, onde estão matriculados cerca de 4,5 mil estudantes.
Ao todo, são atendidos estudantes de 12 etnias, são elas: Kamakã, Kaxixó, Kiriri, Krenak, Maxakali, Mokuriñ, Pankararu, Pataxó, Pataxó Hã-Hã-Hãe, Tuxá, Xakriabá e Xucuru-Kariri.
Da redação do Portal de Notícias
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