Rodrigo Rollemberg ex-governador do DF, celebrou com missa a decisão do STF que casou 7 deputados federais, incluindo nessa litsta Gilvan Ma...
Rodrigo Rollemberg (PSB) deu cambalhotas de alegria no último dia 13, ao acompanhar a decisão do Supremo Tribunal Federal que destituiu do mandato sete deputados federais, entre eles Gilvan Máximo (Republicanos-DF), cuja vaga o ex-governador do DF cobiça para si.
A revisão das regras de distribuição de cadeiras na Câmara pelo STF vai desalojar esses parlamentares, abrindo espaço para substitutos que se encaixem na nova interpretação da Corte.
A Câmara, porém, tenta ganhar tempo e pediu ao Supremo que a decisão só seja executada após a publicação do acórdão com trânsito em julgado, alegando preocupação com a segurança jurídica.
Quando todo o processo estiver concluído, o Tribunal Superior Eleitoral divulgará a lista dos novos deputados empossados e notificará a Câmara.
Enquanto isso, Rollemberg, que já teria comprado a picanha para o churrasco, acreditando que assumiria no dia seguinte da decisão, terá de esperar meses e mais meses para sentar na cadeira de Gilvan.
A pressa do ex-governador esbarra na burocracia e na lentidão deliberada do processo.
O trâmite na Câmara começa com a notificação dos sete deputados, uma tarefa nada fácil que deve se arrastar ao máximo.
A Corregedoria, responsável por processos que podem levar à perda de mandato ou direitos políticos, adota a notificação pessoal, um método que transforma a busca pelos parlamentares numa caçada digna de novela.
Isto porque, quase sempre, o notificador nunca encontra o notificante nem no gabinete e nem no plenário.
O corregedor Domingos Netos (PSD-CE) tem 15 dias para apresentar seu parecer à Mesa Diretora, mas daí em diante o jogo de protelação continua: alguém pede vista do processo por quatro ou cinco meses, enquanto os advogados dos deputados despejam recursos na Justiça, que serão analisados pelo ministro Flávio Dino, ex-PSB, mesmo partido de Rollemberg.
E, claro, logo surge outro ministro pedindo vista, empurrando tudo na maior maciota.
No centro desse cabo de guerra está Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado, que, mal assumiu o cargo, pressionou o STF a julgar o caso das sobras eleitorais.
Não por coincidência, quatro dos sete deputados afetados são do Amapá, todos são adversários políticos dele.
A insistência de Alcolumbre acelerou a decisão do Supremo, uma deferência ao senador que está sentado em cima de mais de 60 pedidos de impeachment contra Alexandre de Moraes e outros ministros da Corte.
Cerca de 16 pedidos são contra Luís Roberto Barroso, atual presidente do STF, acumulados no Senado desde 2021.
Ninguém duvida de que Rollemberg acabará tomando a vaga de Gilvan Máximo.
Mas, mesmo com o empurrão de Alcolumbre, Moraes e Flávio Dino, o ex-governador pode amargar um 2025 inteiro vendo o mandato escorregar entre os dedos, preso na teia de manobras e atrasos.
O churrasco de Rollemberg, que para muitos foi o pior governador da história do DF, por enquanto, esfria na chapa.
Da redação do Portal de Notícias com a fonte do Portal RadarDF
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