Governo de Minas envia três mil doses da vacina contra hepatite A para Belo Horizonte

    Estado reforça combate à doença com foco na prevenção entre grupos vulneráveis A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) ...

 

 Estado reforça combate à doença com foco na prevenção entre grupos vulneráveis

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) antecipou o envio de cerca de três mil doses da vacina contra a hepatite A para Belo Horizonte. A medida foi tomada após o aumento de casos da doença na capital, principalmente a partir de agosto de 2024.

Entre dezembro de 2023 e março de 2025, foram confirmados 223 casos por exames laboratoriais, com maior concentração nas regiões Centro-Sul, Leste e Oeste. Muitos dos infectados são usuários de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) ao HIV.

Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, a antecipação das doses visa proteger os grupos mais vulneráveis.

“A antecipação é uma medida preventiva para garantir que o público elegível — usuários de PrEP, contatos sexuais e domiciliares de casos confirmados — esteja protegido”, afirmou.

“A Secretaria está apoiando o município para minimizar o aumento dos casos e atuar de forma preventiva no enfrentamento da doença”, acrescentou.

Perfil dos casos

A maioria dos casos ocorreu em homens, mas, entre setembro e novembro de 2024, houve aumento entre mulheres. A faixa etária mais afetada é de 20 a 44 anos.

Vacinação

A vacina contra hepatite A é segura, eficaz e faz parte do calendário infantil, sendo aplicada aos 15 meses, com possibilidade de aplicação até 4 anos, 11 meses e 29 dias caso não tenha sido administrada na idade ideal.

Pessoas com condições clínicas especiais podem receber a vacina (infantil ou adulta) nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).

De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), entre janeiro de 2023 e dezembro de 2024, foram registrados 249 casos em todo o estado.

Sobre a hepatite A

A hepatite A é uma infecção viral que atinge o fígado, causada pelo vírus HAV. A transmissão ocorre principalmente pela via fecal-oral, por meio de água ou alimentos contaminados e condições precárias de higiene. A transmissão sexual (oral-fecal) também é possível.

Os primeiros sintomas incluem cansaço, mal-estar, febre e dores musculares, seguidos de náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia. Urina escura pode preceder a icterícia (pele e olhos amarelados).

Foto: Instituto Butantan

Da redação do Portal de Notícias