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HTLV: capacitação de servidores da Saúde busca reduzir riscos de transmissão e garantir cuidado

  DF se destaca na testagem do vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV) em gestantes. Diagnóstico precoce é fundamental para prevenir ...

 DF se destaca na testagem do vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV) em gestantes. Diagnóstico precoce é fundamental para prevenir contaminação de mãe para filho

Thais Cavalcante, da Agência Saúde-DF | Edição: Fabyanne Nabofarzan

Como parte da capacitação contínua de servidores da saúde, o Hospital Regional de Ceilândia (HRC) sediou a palestra HTLV: o que você precisa saber?, direcionada aos profissionais das Regiões de Saúde Oeste e Sudoeste. Promovido pelo Comitê de Transmissão Vertical da Região de Saúde Oeste nesta semana (22), o evento abordou as formas de transmissão, prevenção e o acolhimento adequado de gestantes com diagnóstico positivo para o vírus linfotrópico de células T humanas (HTLV), uma infecção sexualmente transmissível (IST), da mesma família do vírus da imunodeficiência humana (HIV), que atinge as células de defesa do organismo.
 

No DF, Secretaria de Saúde se destaca por realizar testagem em todas as gestantes atendidas no pré-natal, estratégia essencial para prevenir transmissão do vírus de mãe para filho. Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF

No Distrito Federal, a Secretaria de Saúde (SES-DF) se destaca por realizar a testagem de todas as gestantes atendidas no pré-natal, uma estratégia essencial para prevenir a transmissão do vírus de mãe para filho. Apesar de não ser uma doença de alta incidência e, na maioria dos casos, assintomática, o diagnóstico precoce é crucial. “Desde 2013, o DF disponibiliza o teste diagnóstico e confirmatório para HTLV durante o pré-natal. Além disso, há dois anos, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-DF) oferece o exame para triagem e diagnóstico da população geral, não gestante”, explica Beatriz Luz, da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF.

Diagnóstico

O exame para detecção do HTLV é realizado no primeiro trimestre da gestação. Segundo Luz, com o diagnóstico precoce, é possível adotar medidas que interrompam a cadeia de transmissão vertical e evitem a contaminação da criança. Nos casos em que a mãe é diagnosticada com o vírus, o Ministério da Saúde recomenda que o teste sorológico seja realizado nas crianças a partir dos 18 meses de idade. Mesmo com o diagnóstico positivo da mãe, o bebê pode não desenvolver a doença. Crianças com diagnóstico positivo devem ser acompanhadas por uma equipe multidisciplinar para monitoramento da evolução do vírus.

Para a enfermeira e supervisora do Centro Obstétrico do HRC, Suely de Jesus Cotrim, o treinamento é fundamental aos profissionais que lidam diariamente com gestantes e parturientes. “A iniciativa de discutir o HTLV alerta sobre a necessidade de notificação dos casos e reforça que, embora seja uma doença de baixa prevalência, ela é grave e exige tratamento para proteger o bebê e evitar a transmissão vertical”, afirma.

Entre as medidas preventivas está a contraindicação da amamentação, substituída pela oferta de fórmula láctea infantil. “Orientamos a mãe a não amamentar, iniciamos o protocolo para inibir a produção de leite e o Sistema Único de Saúde (SUS) garante o fornecimento das latas de leite para a alimentação do bebê”, explica Cotrim.

A palestra também contou com a participação da médica e consultora técnica do Ministério da Saúde, Mayra Aragon. “Falar sobre o HTLV é essencial, pois o vírus ainda é pouco conhecido pela população. Além disso, a orientação adequada às gestantes é fundamental para o sucesso das ações de prevenção."

HTLV

Ainda que muitas pessoas permaneçam assintomáticas, o vírus pode causar doenças neurológicas degenerativas, dermatológicas, oftalmológicas, urológicas e até mesmo cânceres, como a leucemia/linfoma de células T do adulto (ATL).
 

Arte: Agência Saúde-DF

O HTLV não tem cura e não há vacinas ou um tratamento com antivirais específicos. A assistência é voltada ao controle das doenças ocasionadas pelo vírus. O tratamento das pessoas infectadas envolve o acompanhamento por uma equipe multiprofissional, que inclui infectologistas, fisioterapeutas, neurologistas, entre outros.

A porta de entrada para o acompanhamento e testagem de HTLV em gestantes é a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. A prevenção envolve uso de preservativos internos ou externos nas relações sexuais, não compartilhamento de agulhas, seringas ou outros objetos perfurocortantes e, em caso confirmado de HTLV em gestantes e puérperas, não amamentar o bebê, que deve ser alimentado por fórmula infantil.

Da redação do Portal de Notícias

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