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Os Trotes ao Samu apresentam queda no DF

  Campanhas educativas e medidas punitivas reduzem chamadas falsas e aprimoram atendimentos​ Karinne Viana, da Agência Saúde-DF | Edição: Fa...


 Campanhas educativas e medidas punitivas reduzem chamadas falsas e aprimoram atendimentos​

Karinne Viana, da Agência Saúde-DF | Edição: Fabyanne Nabofarzan

Passar trotes para serviços de emergência é uma prática irresponsável que pode comprometer o socorro a quem realmente necessita. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (Samu 192) vem registrando queda nesse tipo de chamada e, em 2024, apresentou o menor índice desde sua criação há dezenove anos, com apenas 0,96% das ocorrências. ​

Os dados mostram uma redução expressiva nas chamadas falsas ao longo dos anos. Em 2019, 5,99% das ligações eram trotes. Esse número diminuiu para 3,36% em 2020, 2,53% em 2021, 2,07% em 2022, 1,55% em 2023, até alcançar menos de 1% em 2024. No ano passado, foram registradas 765.029 chamadas, das quais, em média, 7,3 mil foram trotes. ​
 

Arte: Agência Saúde-DF

"Nosso objetivo é alcançar o ‘Trote Zero’, garantindo que os recursos do Samu 192 estejam sempre disponíveis com a maior brevidade e proximidade possível. Atendemos desde casos simples até situações gravíssimas, onde cada minuto faz a diferença na recuperação e no resgate de um paciente", afirma o diretor do Samu-DF, Victor Arimatea.

Conscientização

A redução é resultado de um trabalho contínuo de conscientização, que envolve campanhas educativas e ações em escolas. Uma das principais iniciativas do Samu 192 para combater os trotes é o projeto Samuzinho, que leva profissionais de saúde às escolas para ensinar crianças e adolescentes sobre a importância do serviço e os impactos das chamadas falsas. Além de palestras e atividades interativas, os estudantes aprendem noções básicas de primeiros socorros. ​

“Cada chamada falsa desvia uma equipe que poderia estar salvando uma vida. Nosso objetivo é zerar as ocorrências de trotes por meio da educação, para que todos entendam a importância do Samu e a necessidade de utilizar o serviço com responsabilidade", explica Arimatea.

E o Governo do Distrito Federal (GDF) também ajudou nessa queda no número de trotes quando, em 2023, implementou medidas punitivas. O Decreto nº 44.427/2023 prevê multas que variam de um a três salários mínimos para quem realizar chamadas falsas para serviços de emergência. A norma responsabiliza aqueles que comprometem o atendimento à população. ​
 

Samu 192 registra o menor índice de trotes desde a sua criação no Distrito Federal, há dezenove anos.
Índice foi de 0,96% em 2024. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Equipe e Estrutura

O Samu-DF é composto por cerca de 720 servidores, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, condutores socorristas, psicólogos, assistentes sociais, atendentes e pilotos. Entre 2019 e 2024, aproximadamente 255 mil pacientes foram atendidos na capital federal, seja por ambulâncias, motos ou unidades de resgate aéreo, resultando em uma média de 175 atendimentos diários. ​

Para atender a essa demanda, o Samu 192 dispõe de 37 Unidades Móveis tripuladas por meio de ambulâncias, sendo 30 Unidades de Suporte Básico (USB) e 7 de Suporte Avançado (USA). A frota de ambulâncias conta com 56 veículos, incluindo a reserva técnica.
 

Passar trote para serviços de emergência é uma prática irresponsável que pode comprometer
o socorro a quem realmente precisa. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

 

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