Com prazo de implantação até novembro de 2026, a Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde (CIB-SUS) aprovou, no dia 4 de...
Com prazo de implantação até novembro de 2026, a Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde (CIB-SUS) aprovou, no dia 4 de abril, a implantação de 40 novas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para o atendimento de pacientes adultos e pediátricos na área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros. Ao todo, no Hospital Regional de Janaúba serão instaladas vinte UTIs para adultos e dez para crianças. Já para o Hospital Municipal de Bocaiúva está prevista a implantação das dez primeiras UTIs para o atendimento de pacientes adultos.
A coordenadora de Redes de Atenção à Saúde da SRS de Montes Claros, Denise Maria Lúcio da Silveira destaca a importância da ampliação e da descentralização de leitos de UTI no Norte de Minas, levando em conta as demandas e a grande extensão territorial existente na região.
Além disso, lembra a coordenadora, “os novos investimentos previstos no Plano de Ação Regional (PAR) aprovado em 2023 pelos gestores de saúde, vão possibilitar o atendimento de necessidades identificadas pelos gestores. No caso de UTIs para o atendimento de adultos a macrorregião de saúde do Norte de Minas, composta por 86 municípios, tem demanda de 258 leitos, mas atualmente possui 175 acomodações”.
Aliado aos pleitos de Janaúba e Bocaiúva, o Plano de Ação Regional também conta com propostas de abertura de mais 22 novas UTIs para adultos, distribuídas da seguinte forma: Santa Casa de Montes Claros (10); Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira (8); Hospital Dilson Godinho (2); Hospital Dr. Oswaldo Prediliano Santana, de Salinas, e o Hospital Santo Antônio, de Taiobeiras (uma UTI em cada instituição), totalizando a possibilidade de abertura de 52 novos leitos de UTI adultos na Macrorregião Norte.
Já para o atendimento de crianças, a demanda do Norte de Minas é de 37 UTIs. Atualmente a região possui 12 leitos dessa especialidade e há perspectiva de abertura de 20 novas UTIs, sendo dez no Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira e outras dez na Santa Casa de Montes Claros.
Palivizumabe
Ainda durante a reunião da CIB-SUS a Coordenação de Redes de Atenção à Saúde da SRS informou aos gestores do Norte de Minas a inclusão do Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira como polo de aplicação de palivizumabe, em Montes Claros. Em 2023 a instituição realizou mil partos e mantém atendimentos na área pediátrica.
O Palivizumabe é destinado à prevenção da infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR), que é um dos principais agentes causadores das infecções que acometem o trato respiratório inferior de lactentes e crianças menores de dois anos de idade.
Atualmente o Norte de Minas possui sete polos de aplicação do palivizumabe, distribuídos da seguinte forma: Santa Casa e o Hospital Universitário Clemente de Faria, em Montes Claros; Hospital Santo Antônio, de Taiobeiras; Fundação de Assistência Social de Janaúba (Fundajan); Hospital Municipal de Januária; Hospital Senhora Santana, de Brasília de Minas e o Hospital Dr. Moisés Magalhães Freire, de Pirapora.
Segundo o Ministério da Saúde, o vírus sincicial respiratório pode ser responsável por até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias durante os períodos de sazonalidade. Lactentes com menos de seis meses de idade, principalmente prematuros, crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade e cardiopatas constitui a população de maior risco para desenvolver infecção respiratória mais grave. Em prematuros com menos de 32 semanas de idade gestacional, a taxa de internação hospitalar é de 13,4%.
A utilização do palivizumabe para a prevenção da infecção pelo vírus sincicial respiratório foi aprovada em 2018 pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), seguindo os seguintes critérios: crianças prematuras nascidas com idade gestacional até 28 semanas e seis dias, com idade inferior a um ano; Crianças com idade inferior a dois anos com doença pulmonar crônica da prematuridade, displasia broncopulmonar, ou doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada.
Pedro Ricardo
Foto Divulgação
Da redação do Portal de Notícias
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