Telê Itabirense EC Início da Carreira Nascimento: Telê...
Telê Itabirense EC Início da Carreira
Nascimento: Telê Santana da Silva nasceu no dia 26 de julho de 1931, na cidade de Itabirito, interior do Estado de Minas Gerais.
Resumo Histórico de sua carreira no Futebol:
Como Jogador: Começou a jogar futebol ainda muito jovem, com apenas 14 anos, no Itabirense Esporte Clube em sua cidade natal. Passou também pelo América Recreativo de São João Del Rei, onde seu pai atuava como Técnico e Presidente do Clube. Foi atuando no Juvenil do América Recreativo que Telê começou a se destacar, chamando a atenção do Sr. Aminthas Novaes, gerente da Agência do Banco do Brasil da cidade de São João Del Rei. Admirador e fã de futebol, observando o talento do jovem atleta e usando de sua influência no futebol carioca, encaminhou Telê para testes no Fluminense FC. Em 1949, ele foi aprovado e passou a integrar o juvenil do time tricolor carioca. No ano seguinte, conquistou o seu primeiro título, o campeonato carioca de juvenil de 1950. Foi contratado como jogador profissional após fazer 5 gols pelo Fluminense, quando participava de um jogo treino contra o Bonsucesso. Sua efetivação como jogador foi avalizada pelo Sr. João Coelho Neto, diretor de futebol, e pelo lendário Preguinho, ex-jogador do clube. Telê Santana tinha o apelido de “Fio de Esperança”, que recebeu após um concurso entre torcedores promovido pelo jornalista Mário Filho, diretor do Jornal dos Sports. Quem teve a ideia do concurso foi o dirigente tricolor, Sr. Benício Ferreira. Na época, Telê tinha vários apelidos tidos como pejorativos: Fiapo, Tarzan das Laranjeiras, dentre outros, em função do seu corpo franzino. O diretor Benício achava que o jogador merecia algo mais honroso e deu ao amigo Mario Filho a ideia do concurso com o tema “Dê um slogan para Telê Santana e ganhe cinco mil cruzeiros”. No final do concurso, mais de quatro mil sugestões foram enviadas à redação do jornal. Três leitores acabaram empatados em 1º lugar com as alcunhas “El todas”, “Big Ben” e “Fio de Esperança”, sendo que a última sugestão caiu nas graças dos tricolores. Telê Santana jogou 557 partidas como profissional e marcou 165 gols. Como jogador, atuou como ponta direita e nunca foi considerado um craque, porém está presente na galeria de Ídolos do Fluminense Futebol Clube, que defendeu por 9 anos, quando recebeu passe livre em 1960. Saiu do clube carioca e deu prosseguimento a sua trajetória de jogador no Guarani de Campinas - SP, onde permaneceu até 1962. Retornou ao Rio de Janeiro, onde jogou no Madureira. Já com a carreira encerrada, a pedido do seu amigo e técnico de futebol Zezé Moreira, voltou aos gramados, dessa vez para defender o Vasco da Gama, onde definitivamente pendurou as chuteiras.
Telê Santana, o Fio de Esperança
Como Técnico de Futebol: Embora tenha tido uma brilhante carreira como jogador de futebol, Telê ganhou notoriedade como treinador. Iniciou comandando a equipe juvenil do Fluminense entre 1967 e 1968. No tricolor carioca, foi efetivado como técnico da equipe principal em 1969, conquistando de imediato dois títulos, o de campeão carioca e na formação da base do time Campeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970, reconhecido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como a quarta edição do campeonato Brasileiro da Série A. O Fluminense era tido como um clube elitizado dentro da sociedade carioca, e os jogadores só podiam acessar a sede do clube através da porta dos fundos. Possuidor de grande personalidade e defensor de seus comandados, Telê criou a primeira polêmica com a direção do clube. Em uma reunião ocorrida à noite com a alta direção do clube, solicitou que a porta dos fundos da sede fosse aberta para ele adentrar ao clube. Todos responderam que ele era o treinador e não jogador do clube. Telê não concordou e, quando não encontrou ninguém para abrir a porta, pulou o muro e passou a utilizar aquele acesso como rotina, mesmo contrariando seus superiores. Dirigindo o Atlético Mineiro, foi campeão mineiro de 1970 e do campeonato brasileiro de 1971, conquistas suficientes para sua consolidação na carreira de treinador. Fez grande sucesso no São Paulo FC, talvez sua melhor fase no comando de um clube. De 1992 a 1994, conquistou os maiores títulos na história do Tricolor Paulista. Telê também figurou na 35ª posição na lista de maiores treinadores de futebol de todos os tempos, publicada pela revista France Football, sendo o único brasileiro relacionado. Em outra ocasião, em pesquisa realizada pela revista esportiva Placar na década de 90, foi eleito por jornalistas, jogadores e ex-atletas como o maior treinador da história da Seleção Brasileira. Telê participou de duas Copas do Mundo organizadas pela Fifa, a de 1982, ocorrida na Espanha, e a de 1986 no México. Acabou não conquistando nenhum título mundial, embora a Seleção Canarinho tenha entrado nas duas competições como favorita. Em consequência, Telê amargou por muito tempo a fama de pé frio.
Falecimento: A sua morte aconteceu no dia 21 de abril de 2006, na cidade de Belo Horizonte, depois de ficar internado por mais de um mês em decorrência de uma infecção intestinal.
Coluna do Vidal
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